Ocupação de leitos clínicos por pacientes com coronavírus cai 10% em uma semana no RS

Taxa de lotação das UTIs segue crítica; na rede privada, falta de leitos atinge 12 regiões nesta sexta-feira

Foto: Ione Morreno / Semcom / CP

Após uma semana, a ocupação de leitos clínicos – que atendem casos de baixa e média complexidade – por pacientes infectados pelo coronavírus caiu 10,28% no Rio Grande do Sul. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), há 2.961 pessoas internadas nessa condição na tarde desta sexta. No mesmo dia da semana passada, eram 3.276. A comparação de um período com o outro representa queda de mais de 4 pontos percentuais na lotação geral dos leitos de enfermaria, que passou de 42,2% para 38% nesta tarde.

Já a ocupação geral das unidades de terapia intensiva (UTIs) segue em nível crítico, apesar da estabilidade. Nesta sexta, a taxa em território gaúcho é de 87,2%, a mesma dessa quinta.

A rede privada permanece sobrecarregada, pelo segundo dia consecutivo, com lotação de 102%. De acordo com a SES, em 12 das 21 regiões Covid não há mais vagas em leitos de UTI de hospitais particulares.

Já nas instituições que atendem pelo SUS, a situação é mais confortável, com ocupação de 82,1%. Há mais pacientes do que leitos em quatro regiões. A lista completa com as áreas sem vagas em UTIs pode ser conferida ao fim da matéria.

Por conta dessa situação, a fila de espera por leito de alta complexidade atinge 110 pacientes. Desses, 39 em Porto Alegre.

Na Capital, a taxa de ocupação geral das UTIs é de 84,95% nesta sexta. O percentual representa uma redução de mais de quatro pontos na comparação com a semana passada. Além disso, o número de hospitais sem leitos de alta complexidade também diminuiu, passando de cinco para quatro instituições, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Regiões sem leitos de UTI na rede privada

Cachoeira do Sul (350%), Lajeado (212,5%), Canoas (161%), Passo Fundo (161%), Uruguaiana (142%), Santa Cruz (140%), Palmeira das Missões (125%), Pelotas (115,4%), Caxias do Sul (114,8%), Erechim (104%), Novo Hamburgo (103%) e Santo Ângelo (100%).

Regiões sem leitos de UTI na rede pública

Cachoeira do Sul (144%), Cruz Alta (107%), Palmeira das Missões (106%) e Santa Rosa (103%).