Tese de legítima defesa é apurada em caso de quatro mortes em pizzaria em Porto Alegre

Polícia Civil analisa imagens de câmera do estabelecimento e coleta depoimentos, entre outras ações

Foto: Record TV RS / Especial

A diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Vanessa Pitrez, confirmou que a tese legítima defesa é a primeira linha de investigação apurada no caso das quatro pessoas mortas por um PM dentro de uma pizzaria em Porto Alegre. A ocorrência se registou, no fim da madrugada de domingo, dentro do estabelecimento comercial, localizado na avenida Manoel Elias, no bairro Mario Quintana. A apuração é realizada pela 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (5ª DPHPP), sob o comando do delegado Gabriel Lourenço.

“O que temos preliminarmente é o vídeo coletado da pizzaria e os depoimentos do proprietário e do funcionário, além do policial militar que efetuou os disparos”, explicou a delegada Vanessa Pitrez à reportagem do Correio do Povo.

“A versão do policial militar é de que teria ido atrás da namorada em uma festa em uma casa e que teria ocorrido um desentendimento com estas pessoas, sendo perseguido por elas. Ele foi se esconder no banheiro da pizzaria, as pessoas invadiram o banheiro e tentaram atacá-lo”, disse.

“Ele teria avisado que era policial e que estava armado, mas as pessoas continuaram investindo contra ele, que não teve outra alternativa senão atirar contra elas, Esta é a versão apresentada pelo policial militar”, acrescentou.

De acordo com a delegada Vanessa Pitrez, o vídeo mostra “realmente que ele se escondeu tentando aparentemente evitar o confronto”. Nas imagens, os quatro indivíduos, sendo dois irmãos, um sobrinho e um primo, aparecem invadindo o banheiro. “O vídeo mostra cenas que corroboram com a versão dele. O proprietário e funcionário da pizzaria apresentaram versões bastante semelhantes à do policial”, observou.

“Vamos apurar todas as circunstâncias do fato para confirmar a versão inicial de que se trata de legítima defesa ou foi um homicídio quádruplo”, assegurou a delegada Vanessa Pitrez. Entre as diligências, a Polícia ainda espera colher os depoimentos de outras testemunhas, no local da festa, e das duas mulheres que aparecem no vídeo com os quatro homens no momento de chegarem até o banheiro.

A pistola calibre 40, de propriedade da Brigada Militar, está recolhida para perícia. “O policial militar apresentou-se espontaneamente e por isso não foi preso”, esclareceu a delegada.

Já a Brigada Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM).

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