O Rio Grande do Sul voltou a registrar surtos ativos de Covid-19, simultaneamente, em todas as regiões. As de Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo respondem por 48,7% do total de 192 contaminações em massa em investigação. Os casos ativos foram confirmados em 73 municípios – 14,6% do total de cidades gaúchas –, 48 deles localizados em regiões em alerta segundo o Sistema 3As de Monitoramento.
O último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), relacionado à primeira semana de junho, mostrou uma curva crescente de surtos no último mês. Em maio, eram 150 surtos ativos, que evoluíram gradualmente, no decorrer das semanas, para 157, 177, 184 e, por fim, 192. Até o momento, o volume recorde de surtos ativos se registou em março, com 270 situações em simultâneo.
Caxias do Sul registra o maior número absoluto de surtos desde o início da pandemia – 253, ao todo, sendo 18 notificados no último boletim. A situação coloca mais de 60,5 mil expostos ao coronavírus, revela o boletim. O município da Serra já soma 147 mortes por Covid-19 em decorrência de surtos. De acordo com o documento da SES, o alto número de expostos está atrelado à predominância de surtos em frigoríficos na região, “com grande quantitativo de funcionários e e ambiente propício à propagação do vírus”.
Ao todo, o Estado soma até agora 1.424 surtos, sendo 1.232 deles encerrados – 49 deles desde o último levantamento. Um surto é considerado encerrado quando transcorridos no mínimo 15 dias sem o registro de novas pessoas com sintomas de síndrome gripal.
Dos surtos identificados até o momento, 277 (19,4%) envolvem locais reincidentes. Em 49 deles, houve duas reincidências; em 10, três, e em dois, quatro.
Distribuição de surtos por categoria
O maior número de surtos ativos se concentra em empresas industriais, comerciais, econômicas e administrativas, à exceção de frigoríficos e laticínios, com 93 situações em andamento.
Em seguida, aparecem as instituições de longa permanência com atividades ligadas à saúde humana, administração pública e defesa, com 30 surtos, 12 deles em prisões.
As Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) vêm em terceiro, com 28 surtos ativos em 15 regiões.
Por fim, as indústrias destinadas à fabricação de produtos alimentícios – frigoríficos e laticínios, apenas –, possuem 28 contaminações em investigação.
