Comissão do TCU vai ter dois meses para investigar auditor que questionou mortes pela Covid

Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques elaborou documento apontando suposto superdimensionamento do número de mortes pela doença no país

Foto: Samuel Figueira/Divulgação

A presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministra Ana Arraes, criou uma comissão para apurar o caso envolvendo Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor apontado como autor de um texto que questiona o número de mortes pela Covid-19 no país.

A comissão é composta pelos auditores federais de controle externo Márcio André Santos de Albuquerque, Frederico Julio Goepfert Junior e Pedro Ricardo Apolinario de Oliveira. O grupo vai ter 60 dias para apurar as possíveis irregularidades.

O relatório feito pelo auditor do TCU vazou e acabou sendo citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para apoiadores, em Brasília. Na ocasião, o titular do Executivo afirmou que um documento do TCU havia apontado que 50% das mortes atribuídas à Covid não ocorreram pela contaminação da doença. Depois, o órgão desmentiu Bolsonaro, que reconheceu o erro no dia seguinte.

A Corte reitera que as questões veiculadas no documento não resultaram de nenhuma fiscalização do TCU. De acordo com a presidente da Corte, o arquivo sobre as mortes por Covid-19 refere-se a uma “análise pessoal de um servidor” e não consta de quaisquer processos oficiais do órgão.

Depois da polêmica, Ana Arraes afastou Marques do grupo de auditores responsáveis pela fiscalização de gastos relativos a ações de enfrentamento à Covid-19. A presidente do TCU pediu, ainda, que a Polícia Federal (PF) apure o caso.

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