CPI da Pandemia pede quebra do sigilo telefônico de Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo

Comissão ouviria hoje o governador do Amazonas, mas ele preferiu não prestar depoimento

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A CPI da Covid aprovou, nesta quinta-feira (10), a transferência de dados telefônicos e temáticos (qualquer envio de dados pela internet) de inúmeras pessoas que em algum momento foram ligadas ao Governo Federal. Entre os nomes estão os dos ex-ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Com a ausência do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu que ele se calasse, a comissão analisa requerimentos pendentes na pauta.

Além dos dois ex-ministros Pazuello e Ernesto Araújo, foram aprovadas as quebras de sigilo de Wágner Rosário, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República, do empresário Carlos Wizard e dos médicos Paulo Zanotto e Luciano Dias Azevedo, que fariam parte do suposto gabinete paralelo de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O ex-secretário-executivo da pasta da Saúde, Elcio Franco, que prestou depoimento ontem à comissão, também foi incluído na lista. Assim como o nome de Alexandre Figueiredo Costa Silva, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) responsável pelo falso estudo atribuído ao órgão que coloca em dúvida o número de mortes por Covid-19 em 2020.

Decisão do STF

A sessão foi aberta com a discussão sobre o que a comissão fará daqui em diante caso a decisão da ministra Rosa Weber, do STF, que liberou o governador amazonense de se calar ou sequer ir à CPI, seja estendida a todos os chefes de Executivo estaduais.

O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a advocacia geral do Senado vai recorrer da decisão do STF. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) sugeriu que se reconsiderasse a reconvocação de governadores transformando-os em convites aos chefes do Executivo. Marcos Rogério (DEM-RO) lamentou a decisão da ministra Rosa Weber, que considerou precária e equivocada.

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