Porto Alegre suspende contrato da coleta de lixo orgânico em meio a paralisação de trabalhadores

Força-tarefa assumiu o serviço, mas 30% dos resíduos não puderam ser recolhidos nesta quarta

Foto: Alina Souza/CP

A prefeitura de Porto Alegre suspendeu o contrato com a B.A. Meio Ambiente Ltda, que presta o serviço de coleta de lixo orgânico e rejeito na Capital. A decisão aparece em edição extra do Diário Oficial, publicada na noite desta quarta-feira. A empresa, que cumpre o último ano de execução contratual, vai ter 15 dias para apresentar a defesa.

Os trabalhadores da B.A. paralisaram as atividades reclamando do não pagamento de benefícios, como férias. O município garante que não há débitos entre o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e a empresa.

Para atender os bairros impactados com a interrupção da coleta, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSurb) organizou uma força-tarefa. Um balanço emitido no início da noite mostra que cerca de 70% dos resíduos produzidos no dia foram recolhidos em Porto Alegre. Os 30% restantes devem ser coletados “nos próximos dias”, conforme a prefeitura.

Nesta quinta, a previsão é de que seja efetuado o recolhimento do lixo produzido no dia, além do represado de terça-feira. As coletas seletiva de resíduos e por containers não foram afetadas pela paralisação.

A operação começou com 47 caminhões (Prefeitura, Cootravipa e parceiros) e terminou o dia com 77. À noite, 30 caminhões seguiam realizando o recolhimento de lixo. A força-tarefa envolve 165 pessoas.

Pela manhã, a prefeitura tentou demover os trabalhadores a suspender a paralisação, mas não houve acordo. Com isso, deve ser marcada uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT4) entre a empresa e o sindicato da categoria.

No começo da tarde, o prefeito Sebastião Melo divulgou um vídeo em redes sociais dizendo que, se necessário, a prefeitura se dispõe a depositar em juízo o dinheiro dos benefícios não pagos para que os trabalhadores voltem à coleta.

 

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