STF marca sessão de emergência para discutir suspensão da Copa América

Ministra Carmen Lúcia solicitou em despacho a instalação de sessão virtual extraordinária para análise, na quinta-feira

Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, aceitou, na tarde desta terça-feira, um pedido da ministra Cármen Lúcia e marcou, para quinta-feira, uma audiência extraordinária para que o Plenário da Corte decida se acontece ou não a Copa Amércia 2021 no país. O torneio está previsto começar no domingo, 13 de junho, no Brasil, após desistência da Argentina e Colômbia. O julgamento vai se dar em plenário virtual, no qual os ministros inserem o voto em sistema eletrônico.

Cármen Lúcia relata ações de partidos e parlamentares de oposição, assim como de uma federação de metalúrgicos, para impedir o torneio. A ação do PT, por exemplo, pede para que sejam interrompidos todos os preparativos para que o Brasil sedie a Copa América 2021. O partido quer que o governo federal seja impedido de assinar contratos e protocolos com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ou com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para viabilizar a realização do campeonato.

De acordo com o partido, a decisão de sediar o torneio, um dos maiores eventos esportivos do continente, vai na contramão dos esforços de parte da sociedade brasileira para a contenção da pandemia de Covid-19 e contraria a norma constitucional de promover a saúde de todos.

Na terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski já havia mandado o governo federal prestar informações em relação a realização da Copa América 2021 no Brasil..

Copa América
A Conmebol anunciou na última segunda-feira que o Brasil vai sediar a realização da Copa América de 2021. A confederação agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro por “abrir as portas do país ao que hoje em dia é o evento esportivo mais seguro do mundo”.

Bolsonaro garantiu que vai haver Copa América no Brasil, mesmo com o agravamento da pandemia no país.

Na noite dessa segunda-feira, o Ministério da Saúde divulgou os protocolos de segurança para o evento, que preveem testagem dos atletas a cada 48h e alojamento separado para cada delegação. O governo brasileiro e a Conmebol descartaram, porém, a possibilidade de exigir vacinação de todos os jogadores.