O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), ainda não decidiu qual o valor aplicado da tarifa do transporte coletivo, mas já está certo que vai ser inferior aos R$ 5,20 relativos à tarifa técnica, encaminhado pelo Executivo ao Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) na segunda-feira. Na prática, o valor, a ser conhecido em duas semanas, tende a ficar abaixo de R$ 5.
Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Záchia, os números do transporte coletivo são analisados diariamente. Ele destacou que em maio e até agora, considerando junho parcialmente, o aumento de passageiros, segundo as projeções, deve chegar a 5%. O indicativo do percentual é o mesmo para o mês de julho. “Caso os índices de ampliação da demanda de passageiros se confirmem, que é a tendência, em função da abertura das atividades, em agosto, com as demais medidas adotadas, o custo da operação passa a ser superavitária”, disse Záchia em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.
O secretário destacou ainda que, além da ampliação do número de passageiros e do subsídio da prefeitura, de cerca de R$ 16 milhões, pagos em oito parcelas, aos empresários do transporte, medidas simultâneas serão colocadas em prática para viabilizar a redução da tarifa. De acordo com Záchia, entre as ações há projetos a serem encaminhados à Câmara, sugerindo a revisão de parte das isenções.
O secretário salientou que Porto Alegre é a cidade do país com o índice mais alto de isenções de passagens, atingindo 30,3%. A intenção da prefeitura é a de viabilizar redução para 21%. O tema promete polêmica no Legislativo municipal, a exemplo do que ocorreu no governo do antecessor Nelson Marchezan Jr. (PSDB).
