Esgotados leitos de UTI da rede privada em mais da metade das macrorregiões do RS

Nas instituições que recebem pacientes pelo SUS situação atinge, apenas, uma das sete áreas

Foto: Mauro Schaefer/CP

Com o aumento no número de internações em unidades de terapia intensiva (UTI) do Rio Grande do Sul, quatro das sete macrorregiões, divididas pelo painel de Monitoramento Covid-19 do governo estadual, tiveram leitos esgotados na rede privada.

Nesta quinta-feira, o pior cenário é o da região dos Vales, onde a ocupação das instituições particulares está em 186,7%. Na sequência, aparece a região Norte, com 123,3%, a Serra, com 109%, e, por último, a Missioneira, com 102,2%.

A alta pressão hospitalar ocasionada pelo aumento das internações em leitos de alta complexidade no Rio Grande do Sul, que ontem voltaram a atender, simultaneamente, mais de 3 mil pacientes após 46 dias, também atinge as instituições que recebem pessoas pelo SUS. Nesta tarde, a região Centro-Oeste, com 102,8%, é a única área sem leitos públicos disponíveis de UTI na rede do SUS. No entanto, quatro das outras seis macrorregiões já superaram 90% de lotação.

UTI geral

Nas últimas 24 horas, a ocupação geral das UTIs apresentou melhora no Rio Grande do Sul, passando de 87,8% para 85,9%. Nesta tarde, 2.936 pacientes recebem tratamento intensivo. Desses, 62,4% testaram positivo para o coronavírus.

Porto Alegre

Na Capital, houve um salto de 809 para 818 pacientes de ontem para hoje, mas o índice de lotação das UTIs segue estável em 87%, nível semelhante das últimas semanas. O número de pessoas com diagnóstico positivo de coronavírus, porém, registrou leve queda, de 386 para 382 no mesmo período.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), nesta tarde, dos 18 hospitais monitorados, cinco permanecem atendendo acima da capacidade máxima. Em outros quatro, a taxa de lotação dos leitos de alta complexidade supera 90%.

Fila por UTI no RS

A fila de pacientes esperando transferência para um leito de UTI aumentou de ontem para hoje, passando de 159 para 163 pessoas. Dessas, 51 recebem atendimento em em Porto Alegre, e outras 39 em Caxias do Sul.