Após 46 dias, RS volta a atender mais de 3 mil pacientes em UTI

Taxa de ocupação geral dos leitos de alta complexidade é de quase 90%

Foto: Mauro Schaefer/CP

O Rio Grande do Sul voltou a atender mais de 3 mil pacientes em unidades de terapia intensiva (UTIs), na tarde desta quarta-feira. Até as 18h08min, havia 3.001 pacientes em estado grave. A marca não era superada desde 16 de abril, quando eram 2.995 pessoas em tratamento intensivo.

Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), do total de pacientes, 1.832 testaram positivo para o coronavírus e 146 dependem do resultado de exames, apesar de terem os sintomas da doença. Outros 1.023 recebem tratamento intensivo devido a outras enfermidades. Ainda segundo a SES, a taxa de ocupação geral das UTIs é de 87,8%.

A pressão segue em alta nos leitos das redes pública e privada. As instituições que atendem pelo SUS atendem com taxa de 83,8%, enquanto que as particulares atingem 99,3% de ocupação.

Movimento semelhante ocorre nos leitos de enfermaria, que recebem pacientes de baixa e média complexidade. De acordo com a SES, a taxa de ocupação nesta quarta é de 43,1%, um salto de quatro pontos na comparação com a última semana.

A fila de pacientes esperando transferência para um leito de alta complexidade atinge 159 pessoas nesta tarde, sendo 45 em Porto Alegre e outras 41 em Caxias do Sul. Nesta quarta, a prefeitura do principal município da Serra apelou para que a população colabore com as medidas de redução de contágio pelo coronavírus, especialmente evitando aglomerações no feriadão de Corpus Christi. O esgotamento dos leitos clínicos e de UTI SUS para pacientes com Covid-19 preocupa os gestores.

Porto Alegre

Apensar de elevada, há mais de uma semana a ocupação das UTIs se mantém em estabilidade, com taxas entre 85% e 88%, em Porto Alegre. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até às 18h08min, havia 809 pacientes internado, 386 já com diagnóstico positivo de coronavírus.

Ainda segundo informações da pasta, dos 18 hospitais monitorados, cinco atendem com as UTIs no limite ou acima da capacidade máxima. A pressão da rede hospitalar também é refletida nas emergências das instituições que atingiram hoje 127% de ocupações, e nas unidades de pronto atendimento (UPAs), onde o índice passa de 238%.