A Secretaria Estadual da Saúde (SES) vê com bons olhos a mudança na bula da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech, anunciada nesta sexta-feira (28) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a novidade, o imunizante pode ficar até 31 dias em refrigeradores comuns sem perder a validade.
Ou seja: o prazo de armazenamento das doses fora dos chamados “superfreezers” – que, no Brasil, estão disponíveis em universidades e centros de pesquisa – foi ampliado em 25 dias. O Governo do Rio Grande do Sul avalia que a medida facilita a distribuição, em especial no interior gaúcho.
Na última segunda-feira, quando o Estado repassou o primeiro lote da fórmula aos municípios mais distantes de Porto Alegre, 28 mil vacinas ficaram no estoque da SES a pedido das prefeituras. Na oportunidade, os municípios entenderam que não haveria tempo hábil para a aplicação das doses em cinco dias, e optaram por evitar o desperdício.
A tendência é de que, a partir de agora, todas as ampolas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde sejam distribuídas, de forma igualitária, entre as 497 cidades do Rio Grande do Sul. O Brasil recebeu 629 mil vacinas da Pfizer/BioNTech na última quarta-feira – remessa que deve chegar ao Estado nos próximos dias.
País deve ter acesso a 12 milhões de doses em junho
A proximidade com o fim do primeiro semestre do ano faz com que a expectativa por remessas mais expressivas do imunizante cresça no âmbito federal. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o país deve receber 12 milhões de doses da vacina ao longo do mês de junho.
Ao todo, 200 milhões serão importadas até o final do ano – contingente que permitirá a vacinação de 100 milhões de pessoas, já que a Pfizer/BioNTech requer duas doses. A primeira entrega foi realizada no dia 29 de abril, com um milhão de doses; entre 5 e 12 de maio, mais dois lotes chegaram ao Brasil. Ambos tinham 628,2 mil vacinas.