A CPI da Covid-19 aprovou, em sessão realizada nesta quarta-feira, as reconvocações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do antecessor dele, Eduardo Pazuello. Os senadores também aprovaram a convocação de Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República apontado como integrante de um grupo de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.
Na leva de convocações, foram aprovadas ainda as do empresário Carlos Wizard, que durante um mês trabalhou de forma gratuita para o Ministério da Saúde, as de nove governadores – dos estados do Amazonas, Pará, Distrito Federal, Tocantins, Santa Catarina, Roraima, Amapá, Rondônia e Piauí – e a do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel.
O assessor internacional da presidência da República Filipe Martins também teve a convocação aprovada. A CPI vai ouvir o ainda diretor da companhia White Martins (empresa ligada à falta de oxigênio em Manaus).
Ficaram marcadas também duas sessões para colocar em discussão o tratamento precoce da Covid-19, uma com quatro defensores de remédios como a cloroquina e a hidroxicloroquina para pacientes com os primeiros sintomas da doença e outra com quatro médicos contrários a essa prática.
Convocação de Bolsonaro
A sessão desta quarta-feira recomeçou, por volta de meio-dia, já com um um novo bate-boca entre os senadores.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que havia incluído entre os requerimentos a convocação do presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar governista Marcos Rogério (DEM-RO) chamou de piada a tentativa de chamar o chefe do Executivo.
Marcos Rogério declarou que chamar Bolsonaro para falar fere a autonomia dos poderes. Randolfe rebateu dizendo que o regimento não impedia a convocação.
Aziz afirmou que o requerimento de Randolfe vai ser analisado futuramente.