O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta manhã à Record TV que o programa nacional de testagem em massa, desenvolvido pela pasta, passará pelo crivo do SUS (Sistema Único de Saúde) na próxima quinta-feira, quando uma reunião tripartite com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) vai ocorrer.
A declaração foi dada após um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um dos integrantes do comitê integrado para combate à pandemia de covid-19.
“Tive um encontro com o presidente do Senado. Falamos sobre o cenário epidemiológico, minha visita ao Maranhão, das precauções que têm sido adotadas pelo Ministério da Saúde, da variante indiana, que embora ainda sem transmissão comunitária, inspira atenção”, afirmou Queiroga.
Queiroga afirmou no último sábado que envio de 600 mil testes de covid-19 ao Maranhão na tentativa de fazer uma busca ativa e conter possível disseminação da cepa indiana detectada em seis tripulantes de um navio atracado em São Luís.
Questionado sobre o cronograma para a estratégia de difusão da testagem em massa no país, prometida por seus antecessores no ministério, o titular da pasta disse que “ele tem critérios”. “É um número maior de testes, porque hoje nós temos testes que se prestam a esse fim. A tecnologia foi evoluindo e hoje a gente tem esse chamado de antígeno, teste rápido, que tem uma boa correlação com o RT-PCR, que ainda é padrão ouro.”
“São Luiz já começou, que nós levamos esses testes para reforçar a estratégia de vigilância sanitária. [Nos reunimos] Com o prefeito e secretários de saúde locais. Enfim, integração das autoridades sanitárias para que se tenha mais efetividade das políticas públicas”, completou.
A respeito da estratégia para evitar a transmissão comunitária da variante indiana, o ministro explicou que as medidas deverão ser a mesmas. “Vacinação. Vamos reforçar a campanha para que as pessoas procurem as salas de vacinação. O Ministério da Saúde já distribuiu mais de 30 milhões de doses e maio. Agora no mês de junho temos programação de, no mínimo, 40 milhões.”
CPI da Covid
Sobre o depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, defensora da cloroquina no tratamento precoce contra a covid-19, remédio sem eficácia científica comprovada, Queiroga preferiu não fazer comentários diretos a respeito do desempenho de sua subordinada no colegiado e enfatizar as ações da pasta para conter a pandemia.
“Não estou assistindo o depoimento. O Ministério da Saúde trabalha com as avaliações feitas pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde). A orientação do ministério é que as pessoas busquem o atendimento imediato quando tiverem sintomas, desde a atenção primária, quando se confirma o diagnóstico, até a atenção especializada à saúde”, disse.
O ministro aproveitou para fazer um apelo para que a população se vacine também contra a gripe. “As pessoas esquecem da vacina da gripe, que pode levar a síndromes respiratórias agudas graves. Procurem a vacina”, disse.
*As informações são da repórter Vanessa Lima, da Record TV em Brasília.