IGP vai participar da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas

Objetivo é coletar materiais genéticos de familiares de pessoas desaparecidas

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) vai participar da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, lançada nesta terça-feira pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A data marca o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas. A coleta será realizada entre os dias 14 e 18 de junho em todo o país.

A iniciativa vai consistir na coleta de materiais biológicos de familiares de pessoas desaparecidas a fim de realizar buscas no Banco Nacional de Perfis Genéticos. A coleta será realizada entre 14 e 18 de junho em todo o País. No Estado, a coleta deverá ocorrer em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Viamão, Gravataí, Alvorada, São Leopoldo, Canoas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria.

Na Capital, os trabalhos serão realizados nos bairros Lomba do Pinheiro, Restinga e Rubem Berta, que concentram os maiores índices de desaparecimentos no município. Além disso, haverá ação na Redenção, local de fácil acesso à população.

Banco de perfis genéticos

As amostras de sangue coletadas serão processadas e os dados inseridos no Banco de Perfis Genéticos (BPG/RS) do IGP, que armazena informações de 501 corpos e de 312 famílias. Administradora do banco, a perita criminal Cecília Fricke Matte explica que o mutirão pretende popularizar a iniciativa. “É uma possibilidade de identificação de indivíduos ainda não utilizada no máximo do seu potencial, e que pode permitir acabar com a angústia de várias famílias”.

Com isso, a cedência do material genético pelos familiares é fundamental. “Quando a identificação não é possível através das digitais e pelo exame odontológico, o DNA surge como a última possibilidade. Mas este é um exame comparativo, que precisa do perfil genético dos familiares para ser realizado”, esclareceu.

A coleta deve ser feita, preferencialmente, por familiares de 1° grau da pessoa desaparecida, seguindo a ordem de preferência: pai e mãe; filhos; irmãos. O DNA do próprio desaparecido também poderá ser extraído de itens de uso pessoal, tais como: escova de dentes, escova de cabelo, aparelho de barbear, aliança, óculos, aparelho ortodôntico, dente de leite, amostra de cordão umbilical. Esses materiais também poderão ser entregues nos pontos de coleta da Campanha.

Já a Polícia Civil vai registrar os casos que ainda não tenham boletim de ocorrência e entrevistar os familiares de pessoas desaparecidas para obter informações que possam auxiliar na investigação.

*Com informações do IGP