Encerradas festas clandestinas em Uruguaiana e Caxias do Sul

Em um dos locais onde a ação foi realizada, parte dos envolvidos fazem parte do Exército; já em outro local, um grande número de entorpecentes foi encontrado

Uma das ações encerrou festa rave em Caxias do Sul | Foto: SMU / Divulgação / CP

Ações municipais de fiscalização encerraram festas clandestinas em cidades do interior do Rio Grande do Sul, entre a noite de sábado e a madrugada deste domingo. Em Uruguaiana, a Ronda Ostensiva Municipal Urbana (ROMU) de Uruguaiana, Guarda Municipal (GM) e Polícia Civil, além de fiscais das secretarias de Fazenda e Desenvolvimento Econômico, flagraram uma residência na avenida Duque de Caxias, bairro São Miguel, promovendo aglomeração, algazarra e baderna.

Segundo o secretário de Segurança do município, Clemente Corrêa, algumas pessoas tentaram fugir do local, sendo detidas pelas equipes da GM. “Pelo menos 60 pessoas estavam na moradia e foram identificadas e planilhadas, sendo uma boa parcela de militares. O dono da residência, um tenente do Exército Brasileiro, resistiu à abordagem, tendo que ser algemado, sendo preso pelo descumprimento de medidas protetivas da Covid-19, junto a outro cidadão por desobediência. Toda a operação foi acompanhada pela Polícia do Exército e um major (supervisor de dia do Exército)”, relatou. Os identificados tiveram os nomes planilhados e serão encaminhados ao MP Estadual. O proprietário reincidente foi multado em R$ 10.455,00.

Já em Caxias do Sul, a fiscalização de combate as aglomerações acabou com uma festa rave clandestina, no bairro Forqueta, na noite deste sábado. No espaço, localizado na Estrada Municipal Nossa Senhora da Salete, estavam 130 pessoas. Dessas, nove foram conduzidas à delegacia, entre eles a organizadora do evento. Foram lavrados 107 termos circunstanciados pela BM e 130 autuações administrativas foram preenchidas pelos órgãos municipais. O grupo irá responder por crime contra à saúde pública.

Durante revista aos participantes, foi encontrado um grande número de entorpecentes como ecstasy, LSD e maconha, além de uma quantidade em dinheiro. Os seguranças da festa tentaram impedir a entrada da fiscalização ao local do evento, sendo presos pelo crime de desobediência.

O secretário municipal de Urbanismo, João Uez, relatou que as festas em residências e em chácaras particulares têm sido responsáveis pelo maior percentual de denúncias. “Essa festa, muito bem organizada, com lista de presença, máquina de cartão para pagar ingresso e consumo e até mesmo pulseira VIP, é um desafio para a equipe de inteligência. Porém, essas aglomerações resultam em um número expressivo de denúncias da comunidade que nos auxiliam no combate à disseminação da Covid”, explica Uez.