Netanyahu liga para Biden e explica ataque contra sede da AP em Gaza

Bombardeio derrubou prédio de 12 andares. Al Jazeera, que também perdeu sede, declarou que considera ataque um "crime de guerra"

Foto: Alan Santos/PR

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu telefonou neste sábado ao presidente americano Joe Biden para justificar o bombardeio contra um prédio em Gaza que abrigava escritórios da agência de notícias Associated Press (AP). “Netanyahu enfatizou que Israel está fazendo todo o possível para evitar danos àqueles que não estão envolvidos” no conflito, disse o gabinete do primeiro-ministro israelense em um comunicado. “A prova é que os prédios com instalações terroristas são evacuados de pessoas não envolvidas antes de serem atacados”, acrescentou.

A agência de notícias americana AP declarou estar “chocada e horrorizada” com o ataque israelense que destruiu o edifício que abrigava escritórios da empresa e da rede Al-Jazeera em Gaza. “Trata-se de um acontecimento incrivelmente perturbador. Nós evitamos por pouco uma terrível perda de vidas”, disse o chefe da agência, Gary Pruitt, em nota.

O local também abriga a Al Jazeera, emissora de televisão do Catar. A rede disse que vai tomar todas as medidas possíveis para responsabilizar o governo israelense pelas ações. A emissora considera que o ataque viola em flagrante os direitos humanos e o classifica como um crime de guerra.

Em nota, a emissora do Catar condena “nos termos mais veementes o bombardeio e a destruição dos escritórios pelos militares israelenses e vê isso como um ato claro para impedir os jornalistas de cumprirem seu dever sagrado de informar o mundo e relatar os acontecimentos no local”. “O objetivo deste crime hediondo é silenciar a mídia e ocultar a carnificina incontável e o sofrimento do povo de Gaza. Jornalismo não é crime”, completa.

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