Senador cobra investigação de Toffoli: “Justiça é para todos”

Autor de pedido de impeachment do ministro, Alessandro Vieira (Cidadania-SE) cobra seguimento das investigações

Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado

O pedido de abertura de inquérito ao STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar o ministro Dias Toffoli, feito ontem (11) pela Polícia Federal, repercutiu no Senado Federal, casa onde tramitam pedidos de impeachment contra ministros do STF. Após o pedido, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) cobrou o seguimento das investigações.

Toffoli foi acusado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral de ter recebido R$ 4 milhões para favorecer dois ex-prefeitos da capital carioca em processos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Para Vieira, autor de um pedido de impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e do ministro da Corte Alexandre de Moraes, a Justiça deve valer para todos.

“Denúncia gravíssima, precisa ser bem apurada, mas vai na linha daquilo que a gente defende desde o início do nosso trabalho como senador aqui em Brasília. A Justiça e a lei têm que valer para todos. Não só para o pobre. Vamos acompanhar, vamos cobrar e você também tem que acompanhar de perto isso. É uma esperança a mais de que a Justiça possa ser feita.”

Viera é dos poucos senadores que defende o assunto abertamente. A grande maioria prefere não se manifestar publicamente alegando que qualquer manifestação pode ser interpretada como interferência em outros Poderes.

Impeachment

Em seu pedido de impeachment de Toffoli, Alessandro Vieira argumenta que o ministro abusou do poder ao instaurar por conta própria, sem anuência do Ministério Público, o inquérito das fake news. “Eu acredito que essa Casa vai se dar ao respeito e garantir a máxima defendida por Rui Barbosa. A pior ditadura que podemos ter é a da toga, porque contra ela não cabe recurso”, disse em abril de 2019.

O ex-senador Major Olímpio, falecido em março em decorrência da covid-19, também protocolou pedido de impeachment de Toffoli por abuso de poder e censura da imprensa.