Comércio e restaurantes preveem retomada tímida com flexibilizações no combate à Covid

Empresários dizem que melhora deve vir apenas com avanço da vacinação

Foto: Mauro Schaefer/CP

Onze dias após o governo do Estado anunciar o fim do sistema de cogestão do Distanciamento Controlado e colocar todas as regiões do Rio Grande do Sul em bandeira vermelha, entidades representativas do comércio e restaurantes entendem ser precoce qualquer avaliação nesse momento. Mesmo com a retomada dos negócios e o funcionamento em horário estendido, empresários dizem que apenas a vacinação contra o novo coronavírus aliada ao cumprimento de protocolos sanitários podem garantir a recuperação da economia.

Na avaliação da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel RS), os primeiros dias da retomada dos serviços com dias e horários de funcionamento ampliados ainda não refletem em aumento do faturamento. De acordo com o conselheiro Fiscal da Abrasel/RS, João Melo, a população está voltando a ter confiança para andar nas ruas à medida que a vacinação contra a Covid-19 avança na Capital.

Proprietário do Gambrinus, no Mercado Público, Melo garante que os restaurantes adotaram protocolos rígidos para proporcionar segurança. Com a pandemia, ele salienta que o setor da gastronomia sofre com a redução de turistas em Porto Alegre. “Vai demorar um pouco a retomada, que ainda é tímida”, considera. Ao garantir que o setor é bem estruturado e respeita as normas sanitárias, Melo cobra outras medidas. “É fácil implementar muitos protocolos, mas esperamos mais flexibilizações para o setor de buffet. Mas do jeito que está, conseguimos respirar”, observa.

O Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) destaca que ainda é cedo para avaliar os efeitos das flexibilizações no setor, mas lembra que a população precisa ajudar, evitando aglomerações e acatando as orientações das autoridades de saúde. O presidente da entidade, Henry Chmelnitsky, reforça que a partir disso a confiança das pessoas deve voltar naturalmente.

Conforme o dirigente, os primeiros dez dias de flexibilização não permitem verificar indicativo ‘correto ou de que as coisas vão se estabilizar’. “Temos que ser responsáveis por essa flexibilização, mas é cedo ainda para identificar se há um crescimento importante”, observa.

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