Secretário começa a discutir teto para impostos no Brasil

Carlos Alexandre da Costa, do Ministério da Economia, participou de reunião com líderes industriais gaúchos

Secretario Carlos Alexandre da Costa, do Ministério da Economia, esteve reunido com industriais na FIERGS | Foto: Dudu Leal

O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa, trouxe para debate com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), em reunião nessa quinta-feira na entidade, a ideia de criar um “teto para os impostos no Brasil”.

No encontro, ele citou a trajetória de participação crescente da carga tributária do País sobre o PIB, e questionou: “Se existe um Teto de Gastos, por que não criar um Teto para os Impostos?”. Segundo ele, o setor industrial sempre foi injustiçado, pagando a maior parte da conta de impostos. Portanto, “gostaria de começar com esta Federação a discutir o conceito de ter um limite de tributação, inclusive prevendo punições, como o rebaixamento de alíquotas no caso de exceder eventualmente o teto fixado”.

O presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, disse que a ideia do secretário é muito bem-vinda, pois é colocada em debate quando há a discussão nacional sobre a Reforma Tributária. Petry afirmou também que o governo do presidente Jair Bolsonaro obteve avanços, entre eles a consolidação da modernização trabalhista, assim como as concessões e privatizações no setor de infraestrutura, e que a expectativa agora fica para as Reformas Tributária e Administrativa.

Carlos Costa fez uma apresentação aos industriais reforçando que da forma como o governo tem trabalhado nos últimos dois anos e com os projetos ainda a serem implantados, “estamos melhorando o ambiente de negócios no País”. O secretário apresentou dados e garantiu que a meta é a de diminuir ao menos em R$ 1 trilhão o Custo Brasil. “Já reduzimos de 12% a 15%”, garantiu, citando a implantação de iniciativas como o de Melhoria Regulatória, a criação da Frente Intensiva de Avaliações Regulatória e Concorrencial (Fiarc) ou o Programa 2030 para o desenvolvimento do setor automotivo.