Marcelo Queiroga e diretor da Anvisa depõem hoje na CPI

Ambos devem ser cobrados por senadores em relação à vacinação contra covid-19 no Brasil. Ministro da Saúde falará primeiro

O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga MONTAGEM/ AGÊNCIA SENADO E AGÊNCIA BRASIL

ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, vão depor nesta quinta-feira (6) na CPI da Covid, instalada pelo Senado para investigar possíveis omissões do governo federal e desvios de verbas de estados e municípios no enfrentamento à pandemia de covid-19.

O ministro será ouvido primeiro, a partir das 10h, seguido de Barra Torres, que chegará às 14h. Entre os questionamentos em comum, ambos devem ter que responder sobre a vacinação contra o novo coronavírus no Brasil.

Enquanto Queiroga, que assumiu o cargo em 23 de março sob forte pressão de acelerar o processo de imunização da população, deve ser cobrado sobre as ações do governo federal para obter as doses, Barra Torres pode ser questionado em relação à aprovação das vacinas, que é responsabilidade da Anvisa.

Nas últimas semanas a agência foi alvo de ações no STF e pressão de governadores pela  reprovação das vacinas Sputnik V e Covaxin, que viriam da Rússia e da Índia, respectivamente. A Anvisa também tem o dever de avaliar a segurança e eficácia de possíveis medicamentos contra a covid-19, o que também pode ser lembrado pelos senadores.

Queiroga pode ainda ser questionado sobre a situação do ministério que assumiu, antes comandado pelo general Eduardo Pazuello, um dos principais alvos da CPI. A investigação foi aberta tendo como um dos focos o colapso no sistema hospitalar de Manaus, em janeiro deste ano, que sofreu com falta de oxigênio para pacientes após a explosão da covid-19 na cidade.

A tragédia, que ocorreu na gestão do ex-ministro, levou Pazuello a sair do cargo investigado pela Polícia Federal.

Ele seria um dos primeiros a prestar depoimento à CPI, nesta terça-feira (4), mas alegou contato com infectados pela covid-19 para desmarcar a ida ao Senado. Ele deve depor agora no dia 19 de maio.

A comissão já ouviu depoimentos de dois ex-ministros da Saúde, que comandaram a pasta durante a pandemia: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Eles prestaram depoimento na terça-feira (4) e na quarta-feira (5), respectivamente. A CPI da Pandemia tem prazo de 90 dias, e fará reuniões às terças, quartas e quintas. A investigação poderá ser prorrogada por até 1 ano.

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