TJ descarta “perdas irremediáveis” após ataque cibernético na semana passada

Ainda assim, restabelecimento pleno do sistema segue sem previsão de data

O presidente do Conselho de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, revelou nesta terça-feira que, até o momento, não há constatação de “perdas irremediáveis” devido ao ataque cibernético ocorrido na semana passada no sistema informatizado da instituição. “Fiquem tranquilos e confiem. O Judiciário está trabalhando incessantemente para recuperar os arquivos, com a maior brevidade possível”, declarou à reportagem do Correio do Povo. “Há backup dos arquivos”, lembrou.

“O foco é restabelecer os sistemas com a máxima segurança para todos os usuários”, adiantou o desembargador. Questionado sobre a busca por onde começou a invasão do sistema informatizado, ele observou que existem “muitos pontos sob análise até que se possa chegar no ponto inicial, que é o que se almeja ser descoberto”.

Em relação às investigações, o presidente do Conselho de Comunicação do TJ confirmou que prosseguem, “tanto no âmbito interno, pelas equipes técnicas do Tribunal de Justiça do RS e Núcleo de Inteligência do Judiciário, quanto externa, por parte da Polícia Civil e Ministério Público”.

Conforme o desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, a instituição conta com o auxílio da área especializada do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que vem “fornecendo apoio, tanto na parte técnica quanto de apuração do ocorrido”.

Ainda assim, o restabelecimento pleno do sistema informatizado do TJ, com todos os serviços, segue sem previsão de data, frisou Amaro.

Veja a nota oficial:

Na manhã desta terça-feira, uma nova nota oficial foi divulgada pelo Poder Judiciário. “O Tribunal de Justiça do RS (TJRS) comunica que está trabalhando diuturnamente para o restabelecimento de todos os seus sistemas operacionais com a máxima brevidade possível, após ter ocorrido invasão em suas redes internas. Como medida de segurança, desde a confirmação do problema todo e qualquer acesso interno foi e segue bloqueado, seja de dentro das dependências do Judiciário ou via acesso remoto”, informou.

A instituição ressaltou que “todos os sistemas que podem ser acessados pela internet, sem necessidade de acesso pela rede interna, estão disponíveis, tais como eproc (processos eletrônicos), SEEU (execução unificada) e SEI (expedientes administrativos)”.

O TJRS destacou também que nenhum problema foi detectado a partir do uso por computadores domésticos fora das instalações do prédio. “Até o momento também não houve evidência de vazamento de dados de usuários ou de banco de informações do Judiciário gaúcho”, frisou.

“Para garantir tranquilidade aos operadores do Direito durante esse período, os prazos relativos aos processos físicos e eletrônicos estão suspensos, por meio da Resolução nº 003/2021-P. Por fim, orienta-se a todos que acessem com segurança o site www.tjrs.jus.br, onde constam, além dos sistemas disponíveis, informações constantemente atualizadas sobre os avanços obtidos no trabalho que está sendo realizado, com total transparência e de forma ampla e equânime para instituições, entidades e sociedade em geral”, concluiu a nota oficial do TJRS.

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