BNDES pretende promover cinco novos leilões de saneamento até junho de 2022

Banco de fomento busca R$ 17 bilhões para modernizar os serviços de água e esgoto

Foto: Correio do Povo/Arquivo

Cinco novos leilões do setor de saneamento estão na fila do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para serem realizados até o primeiro semestre do ano que vem. No total, são R$ 17 bilhões de investimentos para universalizar e modernizar os serviços de água e esgoto para 10,4 milhões de pessoas.

Cada licitação vai seguir um modelo diferente, dependendo da área. Algumas serão feitas por meio de concessão plena, que inclui produção e distribuição de água e esgoto, outras serão feitas por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) de esgoto ou a concessão apenas da distribuição – como foi o caso da Cedae, leiloada na B3.

Pelo cronograma do BNDES, três leilões devem ocorrer ainda neste ano, no segundo semestre: São eles: Amapá (R$ 3 bilhões de investimentos), Porto Alegre (R$ 2,17 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3 bilhões). Alagoas e Ceará ficam para o próximo ano. Minas Gerais também iniciou o processo de estudo, mas ainda não tem previsão para leilão.

O banco está em negociações ainda para fazer a modelagem dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rondônia. “Não vai faltar investimento no setor”, diz o chefe do Departamento de Desestatização e Estruturação de Projetos do BNDES, Guilherme Albuquerque.

O presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, concorda. Na avaliação dele, o leilão da Cedae foi simbólico não só porque é o maior do País, mas pelos desafios ambientais gigantescos. Além disso, completa o executivo, muitos governadores estavam de olho no certame para decidir como fazer suas licitações e se aderem ao programa do BNDES.

Na avaliação de especialistas, o leilão da Cedae será um modelo a ser seguido. Seu sucesso pode incentivar outros administradores a adotar a mesma fórmula para universalizar os serviços de água e esgoto, que tem data para ocorrer: 2033.

Atualmente, o setor privado está presente em 7% dos municípios brasileiros e atende 30 milhões de pessoas. A expectativa é que essa participação dobre com as licitações em andamento. Em 10 anos, essa fatia pode alcançar entre 40% e 50%, segundo cálculos do mercado.

*Com informações da Agência Estado