As unidades de terapia intensiva (UTIs) na rede privada seguem operando com mais pacientes do que leitos no Rio Grande do Sul. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a taxa de ocupação na tarde desta quarta-feira era de 100%. Atualmente, nove das 21 regiões Covid, divididas pelo modelo do Distanciamento Controlado, não tinham mais vagas para pessoas que dependem de tratamento intensivo em hospitais particulares.
O pior cenário é o da região de Santa Cruz do Sul, onde os dois hospitais com leitos de UTI, na rede privada, atingem sobrecarga de 300%.
Em contrapartida, as vagas de alta complexidade destinadas as instituições que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em território gaúcho tinham hoje ocupação de 79,4%, o segundo dia consecutivo em queda.
Essa também é a quinta vez em que os leitos destinados ao SUS atendem com índice de lotação abaixo dos 80% nos últimos 15 dias. O percentual corresponde a um cenário moderado em uma situação de normalidade da rede hospitalar.
Contudo, o cenário no âmbito estadual, apesar de apontar viés de queda na ocupação geral das UTIs, ainda é considerado crítico. Com 84,9% de lotação, os hospitais tinham 2.862 pacientes em estado grave, para 3.372 leitos, nesta tarde.
Mesmo sem superlotação dos leitos de alta complexidade, a fila de pacientas à espera de remoção para um leito de UTI ainda é de 53 pessoas no Rio Grande do Sul.
Porto Alegre
Já os dados relacionados a Porto Alegre seguem em atualização. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), tanto o balanço das UTIs quanto o número de pacientes internados passaram, momentaneamente, a ser informados pelo monitoramento realizado em nível estadual. Com isso, de acordo com a SES, a taxa de ocupação geral das UTIs é de 86,8% na cidade.
Segundo a SMS, nos próximos dias uma nova metodologia de exposição dos dados deve ser lançada, com objetivo de dar mais clareza às informações.