Combustíveis puxam alta de 0,6% da prévia da inflação de abril, aponta IBGE

IPCA-15 acumulou um aumento de 2,82% no ano

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,60% em abril, após ter avançado 0,93% em março, informou nesta terça-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi novamente puxado pelo salto de 4,87% no preço dos combustíveis.

De acordo com o instituto, o IPCA-15 acumulou um aumento de 2,82% no ano. A alta de 0,60% registrada neste mês fez a taxa acumulada em 12 meses do índice passar de 5,52% em março para 6,17% em abril, resultado mais elevado desde dezembro de 2016, quando a taxa havia sido de 6,58%. No mês de abril de 2020, o IPCA-15 tinha recuado 0,01%, segundo os dados divulgados pelo IBGE.

Grupos

Os itens que correspondem ao grupo de transportes (1,76%) continuam sendo a principal influência no índice e a gasolina (5,49%) permanece como o produto com o principal impacto, ainda que com uma variação menor do que o mês anterior (11,18%). Os preços do óleo diesel (2,54%) e do etanol (1,46%) tiveram altas, mas também inferiores às registradas em março, de 10,66% e 16,38%, respectivamente.

No grupo de habitação (0,45%), o maior impacto veio do gás de botijão (2,49%), que acumula alta de 20,22% nos últimos 12 meses. Na energia elétrica (0,47%), destaca-se a variação de 4,34% no Rio de Janeiro, guiada pelos reajustes tarifários de 4,66% e 4,5% nas concessionárias. Em abril, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) manteve a bandeira amarela, que acrescenta na conta de luz R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Alimentos

Após subir em ritmo menor entre dezembro e março, o grupo de alimentação e bebidas (0,36%) voltou a acelerar e representou a segunda maior alta do mês de abril, com variações positivas do pão francês (1,73%) e do leite longa vida (1,75%), cujos preços haviam recuado no mês anterior.

Ainda no setor de alimentos, outro destaque é a alta de 0,79% na alimentação fora do domicílio, com variações positivas nos dois principais componentes: lanche (1,34%) e refeição (0,57%), que aceleraram em relação a março.

As carnes seguem em alta (0,61%), embora tenham apresentado variação menor que a de março (1,72%). Já os principais impactos negativos no grupo vieram da cenoura (-13,58%), da batata-inglesa (-5,03%), das frutas (-2,91%) e do arroz (-1,44%).