A Ugeirm Sindicato participou, nesta quinta-feira, da reunião ordinária virtual da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa. A pauta era a custódia de presos em delegacias da Polícia Civil e em viaturas da Brigada Militar, sobretudo em Porto Alegre e região Metropolitana, em função da falta de vagas no sistema carcerário. O vice-presidente da entidade de classe dos policiais civis, Fábio Nunes Castro, afirmou que o Rio Grande do Sul convive há mais de seis anos com o impasse.
Um levantamento da Ugeirm, realizado nessa manhã, apontou a existência de 98 pessoas aguardando vaga em presídios, 18 delas na DDPA de Canoas, 14 na DPPA de Gravataí, 11 na 2ª DPPA de Porto Alegre e outras 11 na DPPA de São Leopoldo, por exemplo. Havia ainda dez na DPPA de São Novo Hamburgo, oito na DPPA de Alvorada e sete na DPPA de Viamão.
Aos deputados estaduais, Fabio Castro citou uma notícia de julho de 2015, no site do sindicato, descrevendo a situação da 3ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (3ª DPPA), por exemplo, onde 11 presos provisórios vinham sendo mantidos ilegalmente, dos quais um com o maxilar quebrado, outro diabético e outro soropositivo em tratamento. Segundo o dirigente sindical, o problema agravou-se desde então.
No início da pandemia, recordou Fabio Castro, a Justiça determinou a retirada imediata dos presos nessas condições, mas o problema persiste. O vice-presidente da Ugeirm lembrou ainda que a imprensa vinha noticiando a situação e a entidade já havia recorrido a todas as instâncias, mas sem sucesso.
O presidente da comissão, Edegar Pretto (PT), e o deputado Jeferson Fernandes (PT), autor do convite para a participação da entidade de classe na reunião, prometeram oficiar o Governo do Estado e agendar uma audiência pública sobre o tema.