As regiões de Uruguaiana e Santa Cruz do Sul são as únicas, distribuídas pelo modelo do distanciamento controlado do governo estadual, a estarem com mais pacientes do que leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), na manhã deste domingo. A taxa de ocupação geral em ambas as regiões é de 119,38% e 106,66%, respectivamente.
A região de Uruguaiana, na Fronteira Oeste, comporta nove hospitais, distribuídos em sete municípios. Atualmente, são 117 pacientes para 98 leitos para casos graves.
O pior cenário ocorre no Hospital Santa Casa de Uruguaiana. No local, que atende 100% SUS, estão internadas 40 pessoas para um total de 18 vagas. Além disso, há sobrecarga de 152% nos leitos clínicos, que recebem pacientes de baixa e média complexidade, e de 222% na taxa de uso dos respiradores na UTI.
A situação na região de Santa Cruz do Sul, que abriga nove instituições, divididas em sete cidades, também preocupa. São 64 pacientes para 60 leitos, sendo que a rede privada atende três vezes acima da capacidade máxima, nesta manhã.
Além disso, os piores cenários são registrados nos hospitais de referência para a região, Ana Nery e Santa Cruz. O primeiro está em colapso, sendo que há excesso de pacientes em todos os atendimentos, fazendo com que aja esgotamento nos leitos SUS, privados, clínicos, e sobrecarga na utilização de respiradores na UTI. Já o segundo apresenta um cenário delicado, onde não há mais leitos disponíveis para casos graves nas redes pública e privada, além de alta pressão sobre os leitos clínicos e baixa oferta de respiradores.
Mesmo com a situação ainda considerada crítica, o Rio Grande do Sul, como um todo, caminha para a direção contrária. Nesta manhã, a taxa de ocupação geral das UTIs é de 86,2%, onde há 2.919 pacientes para 3.383 leitos.