A recente disparada no preço dos automóveis e motocicletas usadas no Brasil ocasionada pela desvalorização do real e a falta de insumos nas indústrias resultou na defasagem da tabela Fipe, referência para o setor automotivo.
De acordo com um estudo divulgado pela Webmotors Autoinsights, a tendência de alta começou em maio do ano passado. Desde então, os automóveis chegaram a valorizações de até 8,08% de aumento e as motos a até 11%. E as tendências seguem em alta.
O estudo, feito com base nos classificados de veículos, mostram que os automóveis de até R$ 120 mil foram os mais impactados pelo cenário, com um aumento maior que 100% na variação acima da Fipe de 2019-2020.
A movimentação fez com que os anunciantes reajustassem os preços em cerca de 2% para adequar os veículos aos valores de mercado. As maiores alterações ocorrem entre os carros avaliados em mais de R$ 60 mil, cuja variação média foi de 2,2%.
Regiões
Ao analisar a variação entre o aumento na tabela Fipe e o praticado no mercado, percebe-se que a maior variação média é no Sudeste, em que a alta percentual nos anúncios ficou quase cinco vezes maior que a alta da tabela Fipe.
No Centro-Oeste, a diferença média ficou em quase quatro vezes, enquanto no Norte e Nordeste, a relação é pouco superior a três vezes. Somente os Estados da região Sul apresentaram uma variação percentual abaixo de duas vezes o preço de tabela.