A prefeitura de Porto Alegre dá início, nesta sexta-feira (16), à implantação de uma nova plataforma de apoio às aulas remotas na rede pública da cidade. O portal, que recebeu o nome de “Conexões em Rede”, foi apresentado à imprensa pela secretária municipal de Educação, Janaína Audino – que também conduzirá os primeiros passos da adaptação das instituições de ensino à novidade.
A ferramenta virtual, desenvolvida em pouco mais de um mês por técnicos da administração municipal, conta com três eixos. No primeiro deles, serão disponibilizados conteúdos para as turmas de Educação Básica (incluindo alunos dos níveis Infantil, Fundamental, Médio, Especial e de Jovens e Adultos). Também há uma seção de funcionamento da escola, onde será feito o acompanhamento de casos de Covid-19.
Por fim, foi criada uma área dedicada aos professores. “Existe uma complexidade no acesso aos alunos, para termos uma boa participação e envolvimento. Temos que entender que os educadores têm trabalhado dobrado. Com a migração ao ensino remoto, o professor precisa planejar, atender as turmas online, e isso não é uma tarefa fácil”, explica a secretária.
Outro destaque da proposta é a disponibilidade de materiais extras, em salas que serão criadas a partir de temas desenvolvidos no calendário imposto pelo Ministério da Educação. “Teremos ambientes divididos por tema, por desafios, com conteúdos inovadores. É mais uma opção, além da aula online acompanhada pelo professor”, finaliza Audino.
Volta às aulas e vacinação
Em transmissão nas redes sociais, o prefeito Sebastião Melo (MDB) voltou a defender a retomada das atividades presenciais nas escolas. O político criticou a decisão liminar que mantém suspensa a circulação de alunos em todo o Rio Grande do Sul. “É uma das decisões mais equivocadas do Judiciário. A formação cognitiva das crianças é fundamental”, declarou.
O emedebista reiterou que, junto do Governo do Estado, busca a antecipação da vacinação dos professores contra a Covid-19. Melo admitiu que, em um primeiro momento, nem todos os educadores serão beneficiados com as doses. A tendência, segundo ele, é de que a imunização comece pelos profissionais mais velhos, seguida do grupo de diagnosticados com comorbidades.
Na fila, aparecem como prioridades também os servidores envolvidos na Educação Infantil e nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental – que, conforme entendimento do Poder Público, deverão ser as primeiras turmas a terem retomadas as aulas presenciais. A mudança depende de uma alteração no calendário do Programa Nacional de Imunização (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde.