O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), anunciou nesta quinta-feira os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar possíveis omissões do governo federal e repasses de verbas aos estados e municípios na pandemia de Covid-19.
Ao todo, serão 11 titulares e sete suplentes, um deles o gaúcho Luiz Carlos Heinze (PP). A composição da CPI mostra que há mais membros de oposição ao governo Bolsonaro.
Agora, a comissão já pode ser instalada e o autor do requerimento, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), espera que o primeiro encontro ocorra na próxima quinta-feira, dia 22. Como tradição, a primeira sessão deve ser marcada pelo senador mais velho – nesse caso, Otto Alencar (PSD-BA), que já se mostrou disponível.
Conheça os membros da CPI da Covid-19:
Titulares: Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Girão (Podemos-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Omar Aziz (PSD-AM), Jorginho Mello (PL-SC), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO).
Suplentes: Luis Carlos Heinze (PP-RS), Rogério Carvalho (PT-ES), Jader Barbalho (MDB-PA), Angelo Coronel (PSD-BA), Marcos do Val (Podemos-ES), Zequinha Marinho (PSC-PA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Primeiras sessões
Primeiramente, o colegiado deve aprovar um plano de trabalho, proposto pelo relator. Ele deve tratar das ações da comissão para cumprir o objetivo. Entre elas, podem estar a requisição de informações oficiais, a solicitação de auditorias e perícias, a intimação e oitiva de testemunhas, a convocação de ministros de Estado e a realização de diligências, por exemplo.
A tendência, de acordo com o senador, é que a comissão comece ouvindo especialistas, como infectologistas e epidemiologistas, para que se entenda “por que chegamos até aqui e se nós poderíamos ter evitado tudo isso”. “Temos que buscar a fonte da ciência. Estamos nesse atoleiro sanitário porque não foi ouvida a ciência”, disse Randolfe. No entanto, ele acredita que, após essa etapa, seja “inevitável” ouvir os três últimos ex-ministros da Saúde: Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.
