Para acelerar a aplicação da segunda dose da vacina contra o coronavírus na população gaúcha, a Secretaria da Saúde (SES) vai encaminhar às vigilâncias municipais, por meio das coordenadorias regionais de saúde (CRS), relatórios com os nomes de todos os idosos que podem tomar a segunda dose. A base dos dados é o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), abastecido pelos municípios, que são os responsáveis pela aplicação das vacinas. Os relatórios serão encaminhados nos próximos dias.
“O objetivo é apoiar os municípios para que planejem ações de busca ativa dessas pessoas e vacinem ainda mais, para que consigamos continuar em destaque positivo na vacinação no país”, diz Ana Costa, diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES.
Com as duas últimas remessas de vacinas que chegaram ao RS, nos dias 2 e 8 de abril, foram distribuídas aos municípios mais de 550 mil doses somente para a segunda dose dos idosos. No total, quase 401.865 pessoas já receberam a segunda dose no RS (dado das 6h no painel das vacinas da Secretaria da Saúde).
“Essas informações nominais, que os próprios municípios podem gerar, é uma tentativa de auxiliar no reforço de estratégias locais, para facilitar a busca pelos faltosos e entender por que ainda não vacinaram. Pode ter acontecido, por exemplo, de a pessoa ter adoecido, ou então já ter sido vacinada e o município ainda não ter tido tempo de registrar. Mas ressalto que, mesmo que o prazo tenha passado, é preciso que a pessoa tome a vacina, a qualquer tempo”, explica Tani Ranieri, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).
O Estado recebeu 12 lotes que totalizam cerca de 3,1 milhões de vacinas e não há retenção de doses – nesta terça (13), 69% do total já estavam aplicadas, também conforme o painel das vacinas da Secretaria da Saúde. Assim que chegam ao aeroporto, na Capital, elas são transportadas à Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi), onde são separadas, embaladas e enviadas às 18 CRS espalhadas pelo Estado. No último sábado (10), o Estado alcançou a marca de 2 milhões de doses aplicadas – 20 dias após ter chegado a 1 milhão.
Graças ao apoio de aeronaves das forças de segurança, as vacinas chegam às coordenadorias em menos de 24 horas após o desembarque no aeroporto da Capital. Na Ceadi, fica apenas uma reserva técnica para o caso de reposição de doses em algum município em caso, por exemplo, de dano no transporte ou queda de energia.
“Nesta semana, precisamos ampliar muito a aplicação da D2 (segunda doses) em idosos a partir de 73 anos. Todos os que já se vacinaram com a primeira dose devem olhar a caderneta de vacinação para saber se não está na hora de voltar ao posto de saúde para a dose de reforço”, afirma a secretária da Saúde, Arita Bergmann.