Mortes no trânsito da capital caem pela metade em março

No acumulado de janeiro até março, queda é de 39%; acidentalidade com motos ainda preocupa

Foto: Divulgação / EPTC / PMPA

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) divulgou hoje os dados de março sobre a acidentalidade em Porto Alegre. O levantamento mostra que o número de mortes em razão de acidentes reduziu pela metade em relação a março de 2020, de oito para quatro. No acumulado de janeiro até março, em comparação com o ano anterior, a queda é de 39%, de 23 para 14 vidas perdidas neste ano – 79% delas do sexo masculino.

O índice geral de acidentalidade diminuiu no mês passado. Foram 893 acidentes no ano anterior contra 647 agora (-27,55%). O número de acidentes com feridos também reduziu, de 362 para 258 (-28,73%).

No acumulado desde janeiro, motociclistas ou ocupantes de moto representaram a maioria das vítimas que morreram: seis pessoas (42,86%), seguido de ocupantes e motoristas de automóveis – quatro pessoas -, e pedestres, também quatro (28,57%). No mesmo período do ano passado, de 23 mortes ocorridas em acidentes, oito foram de motociclistas ou ocupantes.

“No cenário atual, mesmo com aumento do movimento de serviço de entrega, por se tratarem de profissionais, chefes de família, precisamos reduzir o número de acidentes envolvendo motocicleta, e a conscientização de todos é fundamental”, explica o diretor-presidente da EPTC, Paulo Ramires.

De janeiro até a quinta-feira passada, a EPTC realizou 31 vezes a Operação Duas Rodas, o que resultou em 2.350 abordagens. Desses, 2.078 motociclistas foram autuados por algum tipo de irregularidade, com a apreensão de 417 motos, 54 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) e 234 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLVs).

Ramires salienta que a EPTC já entrou em contato com os representantes das empresas de entrega para avaliar ações em conjunto, mudar esse cenário e proteger a categoria. Dos seis acidentes que resultaram nas mortes de cinco condutores de moto e um ocupante, três dos condutores não tinham CNH, percentual considerado muito alto.

* Com informações do site da Prefeitura de Porto Alegre