Relator mantém voto para arquivar processo contra Eduardo Bolsonaro por apologia ao AI-5

Igor Timo diz que não há justa causa, mas que discorda da visão sobre AI-5

Após pedido de vista por parte da oposição, o deputado federal Igor Timo (Podemos-MG) mantém sua posição como relator no caso da representação contra Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Timo havia dado, na última segunda-feira (5), seu voto como relator para o arquivamento do caso, com o argumento de que não há justa causa. Parlamentares da oposição pediram vista e o processo foi adiado para a próxima quinta-feira (8).

“Pessoalmente, discordo das declarações que remetam à ditadura e considero o AI-5 uma página obscura da nossa história”, disse Timo, que acrescenta que a denúncia contra Bolsonaro “mistura elementos e fatos estranhos ao processo. Por fim, o relatório não absolve, nem condena ninguém. A responsabilidade pela palavra final e decisão é do Conselho de Ética e, se necessário, do plenário da Câmaro”, disse.

As representações contra o filho de Jair Bolsonaro foram feitas pela Rede, PSOL, PT e PCdoB e foram reunidas no mesmo processo. Os partidos acusam o parlamentar de quebra de decoro parlamentar e de atentado contra a democracia. Numa entrevista realizada no ano passado, Eduardo sugeriu a adoção um novo AI-5, instrumento mais duro da ditadura militar.