Em pouco mais de dois anos, governo Bolsonaro acumula quatorze quedas de ministros

Baixa mais recente é a de Ernesto Araújo, que estava à frente das Relações Exteriores

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Com o pedido de demissão do chanceler Ernesto Araújo, nesta segunda-feira (29), o governo do presidente Jair Bolsonaro acumula quatorze quedas de ministros em pouco mais de dois anos de gestão.

Diferentemente de pastas como a da Saúde e da Educação, nas quais já foram nomeados quatro titulares em cada uma, a pasta das Relações Exteriores estava com o chanceler desde o começo da administração, em 2019. Entretanto, a coleção de polêmicas e os recentes embates com senadores tornaram a permanência dele insustentável.

A saída mais recente havia sido anunciada há duas semanas, quando Eduardo Pazuello foi substituído pelo médico cardiologista Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde. Ele foi o quarto a assumir a pasta em um ano de pandemia do novo coronavírus.

No ano passado, outros oito ministros deixaram o governo do presidente Jair Bolsonaro. Saíram Gustavo Canuto (Ministério do Desenvolvimento Regional), Osmar Terra (Ministério da Cidadania), Luiz Henrique Mandetta (Ministério da Saúde), Sergio Moro (Ministério da Justiça e Segurança Pública), Nelson Teich (Ministério da Saúde), Abraham Weintraub (Ministério da Educação), Carlos Decotelli (Ministério da Educação) e Marcelo Álvaro Antônio (Ministério do Turismo).

Em 2019, o governo trocou Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência da República), Ricardo Vélez (Ministério da Educação), Santos Cruz (Secretaria de Governo do Brasil) e Floriano Peixoto (Secretaria-Geral da Presidência da República).

Para a pasta da Cidadania, assumiu o deputado federal João Ribeiro Roma (Republicanos-BA). O ministério é considerado estratégico por muitos partidos por ser o responsável pelo programa Bolsa Família e pelo auxílio emergencial.