Mapa busca crédito mais acessível para pescadores e aquicultores

Objetivo é identificar com instituições financeiras melhor oferta de crédito e microcrédito para modernização das embarcações e adequação às normas sanitárias

Foto arquivo: PAULO ROSSI / CP MEMÓRIA

A Secretaria de Aquicultura e Pesca, do Ministério da Agricultura, está em tratativas com instituições financeiras para tornar mais fácil o acesso de pescadores e aquicultores a crédito, principalmente do Plano Safra. Este foi um dos temas do encontro virtual com aquicultores e pescadores e que contou com a presença do secretário Jorge Seif Junior e os diretores de Ordenamento e Desenvolvimento da Aquicultura, Maurício Pessoa; de Ordenamento e Desenvolvimento da Pesca, Alex Gonçalves; e de Registro e Monitoramento da Aquicultura e Pesca, Carlos Eduardo Villaça.

O secretário Jorge Seif Junior informou que apenas 0,3% dos pescadores e aquicultores fizeram uso dos recursos disponíveis para o setor no plano, no período 2019/2020.“As exigências são tantas que eles não conseguem pegar o empréstimo, já que 90% deles são pequenos produtores”, declarou.

O diretor de ordenamento e Desenvolvimento da Pesca, Alex Gonçalves, explicou que o Mapa está conversando com as instituições financeiras, como a Caixa, para tornar o crédito mais acessível a maior parcela do setor. “Hoje estamos em contato com os técnicos para identificar quais seriam as melhores linhas de crédito e microcrédito para atender a objetivos como a modernização estrutural das embarcações para adequação a requisitos higiênico-sanitários”, disse.

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Tainha

Durante a live, a equipe técnica destacou que, desde 2018, a captura da tainha é feita por meio de cotas. Esse controle visa garantir a sustentabilidade da espécie e da atividade de pesca do recurso, que tem alto valor agregado, inclusive para o mercado de exportação. Trata-se da primeira pescaria do Brasil da qual está se fazendo a gestão pelo sistema de limites de captura para cada modalidade de pesca.

A equipe ressaltou a necessidade de o setor fornecer com regularidade os mapas de bordo e produção, para que disponha de dados confiáveis para estabelecer as cotas máximas de pesca. As cotas são estabelecidas a partir da avaliação de estoque, produção e local da pescaria.

“A pescaria da espécie tem uma grande relevância por envolver uma pesca reprodutiva para o consumo das ovas. Por isso, é preciso melhoria contínua na gestão pesqueira e no controle do estoque da tainha para que não se afete a sustentabilidade de gerações futuras”, defendeu o diretor de Registro e Monitoramento da Aquicultura e Pesca, Carlos Eduardo Villaça, ao reforçar que os dados de captura devem ser registrados adequadamente nos mapas de bordo, que podem ser entregues pelo SisTainha.

Recadastramento de pescadores

O secretário Seif informou que o recadastramento nacional de pescadores será iniciado ainda no primeiro semestre de 2021 em um novo sistema, visando eliminar “fraudes e insegurança jurídica aos pescadores”.