O Sindicato dos Estabelecimentos Funerários do Rio Grande do Sul (Sesf-RS), nesta quinta-feira(25), se manifestou sobre a importância da vacinação dos profissionais que atuam no ramo. “Os profissionais que trabalham com o manejo de corpos e no atendimento as famílias, infelizmente, estão sujeitos a contaminação, apesar de todos os cuidados tomados pelas empresas e funcionários em seguir os protocolos estipulados pelo governo e a legislação”, é o que afirma Valdir Gomes Machado, presidente do Sesf-RS, ao destacar sobre a importância da imunização.
Em vários municípios gaúchos, através de pedidos administrativos, ações foram movidas pelas entidades e empresas para viabilizar a imunização dos profissionais já que a mesma é uma orientação do Ministério da Saúde. Na maioria dos casos, essas solicitações foram atendidas, com exceção de Porto Alegre e São Leopoldo. Logo, nos respectivos municípios medidas judiciais foram tomadas para garantir a proteção dos funcionários que ainda não foram imunizados. Dados recentes mostram que o setor emprega mais de 7.000 pessoas no Rio Grande do Sul, sendo que mais de mil profissionais atuam só na capital gaúcha.
O “Grupo Cortel“, para reforçar esse pedido, lançou a campanha Escolha a Vida – Um manifesto em prol da vacinação para a preservação da vida. A ação, que conta com o apoio de diversas entidades, tem como principal objetivo reforçar a importância da vacinação dos profissionais que atuam no ramo. Na empresa, dos 15 funcionários que atuam com serviços funerários, seis foram afastados em decorrência da contaminação pelo coronavírus e uma colaboradora faleceu no último domingo(21) por complicações causadas pela doença. “Nosso apelo também é para que o segmento seja vacinado imediatamente. São pessoas que se disponibilizam para acompanhar velórios e cerimônias fúnebres, mas que também se preocupam em se infectar e levar o vírus para suas casas”, é o que explica Rafael Azevedo, presidente do Grupo Cortel.
“Nem todos os profissionais podem estar em home-office, o que coloca em risco não só a saúde do profissional que precisa receber e acompanhar a família enlutada como também dos seus próximos. A contaminação destes profissionais pode inclusive prejudicar o serviço prestado a comunidade, que já está muito fragilizada nesse momento”, é o relata Rafael Azevedo.