O Rio Grande do Sul voltou a registrar falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tanto na rede pública quanto na privada, nesta quinta-feira. Até às 15h, a taxa de ocupação nos hospitais que recebem pacientes via Sistema Único de Saúde (SUS) era de 100.6%, sendo 2.316 pessoas para 2.303 vagas. Enquanto que os leitos privados trabalhavam com sobrecarga de 134,4%, com um total de 1.199 internados para 892 leitos.
Com isso, a taxa de ocupação das UTIs do Estado atingia os 110,01%, e, pela primeira vez, superava a marca de 3.500 pacientes recebendo tratamento intensivo. Até às 15h, eram 3.515 pessoas internadas em estado grave.
Desse total, 2.608 (74,2%) estão com Covid, 141 (4%) aguardam resultado dos exames e 766 (21,8%) recebem tratamento devido a outras enfermidades.
Entre as regiões, os Vales, que abriga Lajeado, Santa Cruz do Sul e Cachoeira do Sul, seguem apresentando o pior cenário, com 138,9% de ocupação das UTIs.
Por conta deste cenário, a fila de espera de pessoas que aguardam transferência para leitos de Unidade de Terapia Intensiva segue muito elevada, chegando a 610 pacientes na tarde desta quinta-feira.
Capital segue com UTIs sobrecarregadas e longa fila de espera por leitos
Porto Alegre tem taxa de ocupação das UTIs de 114,15%. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), das 18 instituições monitoradas, 11 não dispõem de mais leitos para tratamento intensivo.
Atualmente, são 1.162 pacientes para um total de 1.023 vagas. Desse número, 879 tem coronavírus ou suspeita da doença. Já a fila de espera por leitos de UTI é de 339 pacientes, sendo que 292 aguardam em emergências hospitalares e 47 em prontos-atendimentos.