O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu colocar em análise nesta terça-feira o pedido de suspeição do ex-juiz federal e ministro da Justiça Sergio Moro. Mendes, que preside a Segunda Turma, pôs em votação o pedido de suspensão do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, que acabou sendo derrubado.
Na solicitação, Fachin afirmou que não se justifica a análise após a decisão de que a Justiça Federal de Curitiba não tinha competência para julgar os casos da Lava Jato, proferida por ele nessa segunda-feira.
O pedido de suspeição de Moro partiu da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ajudaram a reforçar a tese diálogos do aplicativo Instagram vazados por hackers a partir de 2019 mostrando conversas entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato e Sergio Moro.
De acordo com Gilmar Mendes, a discussão sobre a suspeição do ex-juiz antecede a análise da competência. Dessa forma, a decisão de Fachin, segunda-feira, não anula a continuidade do processo.
Gilmar submeteu à Segunda Turma a decisão de seguir ou não com a análise. Os ministros Nunes Marques, Cármem Lúcia e Ricardo Lewandowski formaram o placar de 4 a 1 contra Fachin e aceitaram debater a suspeição de Moro.