A taxa de ocupação em leitos de tratamento intensivo do Rio Grande do Sul voltou a ficar acima 102% na manhã deste sábado (6). O indicador, que denota a sobrecarga no sistema de saúde, está estável desde a tarde de ontem – quando, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES), também haviam mais pacientes do que vagas nas UTIs gaúchas.
O Estado tem 3.005 leitos de UTI adultos, entre hospitais públicos e privados, e 3.066 internados. Destes, 2.100 mil (ou 68,5% do total) já foram diagnosticados com a Covid-19, enquanto outros 173 (5,7%) apresentam sintomas da doença e aguardam confirmação clínica. Somados, os pacientes relacionados ao coronavírus em tratamento intensivo representam mais de 74% do total na rede.
Nas macrorregiões da Serra e dos Vales, tanto os hospitais públicos quanto privados estão com as UTIs superlotadas. Já os setores de tratamento intensivo nos hospitais públicos das macrorregiões Metropolitana, Norte, Centro-Oeste e Sul têm taxa de ocupação entre 80% e 95%. A única macrorregião gaúcha que possui leitos nas duas redes é a Missioneira, onde o sistema também está próximo do esgotamento.
UTIs de Porto Alegre batem novo recorde neste sábado
Na Capital, dados atualizados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram que as UTIs estão com 106,84% de ocupação – índice recorde desde o início da pandemia. São 1.031 pacientes internados em leitos de tratamento intensivo na cidade, sendo que 728 foram diagnosticados ou apresentam sintomas de Covid-19. Além disso, 134 pessoas com a doença, ou suspeita dela, aguardam transferência para leitos de tratamento intensivo.
Com 145% de ocupação, o Hospital Moinhos de Vento enfrenta a situação mais delicada dentre as instituições localizadas em Porto Alegre. O complexo, que normalmente oferece 66 vagas na UTI, está tratando 96 pacientes com necessidade de leitos do tipo. Operam acima da capacidade, também, os hospitais de Clínicas, São Lucas, Mãe de Deus, Ernesto Dornelles e Divina Providência.
*Dados atualizados às 11h do dia 06/03/2021.