No Rio Grande do Sul 60,2% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) têm diagnóstico confirmado de coronavírus. Segundo o sistema de monitoramento das internações hospitalares do governo estadual, 1.589 das 2.638 pessoas que recebem tratamento intensivo, até as 16h deste domingo, estão com a doença.
Além disso, 231 pessoas estão em UTIs aguardando apenas os exames, apesar de estarem com sintomas de coronavírus, e 818 recebem tratamento devido a outras enfermidades.
Com o avanço da pandemia, o Estado tem, até a publicação desta reportagem, taxa de ocupação das UTIs em 96,4%, sendo que a rede privada opera acima da capacidade máxima, com ocupação de 114,4% (812 pessoas para 710 leitos), e a rede pública tem 90,1% (1.826 pacientes para 2.026 vagas) de lotação. Por conta disso, atualmente, há apenas 98 leitos livres de tratamento intensivo em solo gaúcho.
De acordo com o governo do Estado, quatro regiões Covid do Rio Grande do Sul registram taxa de ocupação dos leitos de UTI superior a 100% na tarde deste domingo: Novo Hamburgo (122,1%), Lajeado (120%), Santa Cruz do Sul (111,7%) e Caxias do Sul (105,3%).
Já entre as macrorregiões, as que apresentam cenário de maior gravidade são: os Vales, com 113,8%, a Serra, com 105,3%, e a Metropolitana, com 99,2% de ocupação total.
Baixo índice de isolamento pode explicar propagação do vírus no RS
No primeiro mês do ano, o Rio Grande do Sul apresentava índice de isolamento social de 39%, em média, segundo o Comitê de Dados do Estado. No entanto, o nível registrou quedas bruscas durante fevereiro. Entre os dias 8 e 14, o RS chegou a ser o terceiro pior entre todos os estados brasileiros neste quesito. Já no dia 19, o Estado registrou o pior índice de isolamento social desde o início da pandemia: 28,8%.
Entre as regiões, Caxias do Sul (31,4%), Santa Cruz do Sul (32,2%) e Santo Ângelo (32,6%) tiveram o pior desempenho médio no período de 15 a 21 de fevereiro.