Com cogestão mantida, Porto Alegre vai adotar regras da bandeira vermelha a partir desta terça

Prefeito Sebastião Melo considerou “sensata” decisão do Piratini de manter a cogestão

Foto: Alina Souza/Correio do Povo

Com a manutenção da cogestão no Plano do Distanciamento Controlado do governo do Estado, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, informou que nada deve mudar nas atividades da capital, exceto a suspensão geral de todas as não essenciais, a partir das 20h, conforme determinado pelo governador Eduardo Leite. A partir desta terça-feira, Porto Alegre, que cumpria regras da bandeira laranja (com risco médio de contágio), passa a adotar os critérios da bandeira vermelha, mesmo que esteja, em tese, em bandeira preta. A cogestão permite que isso ocorra, desde que a prefeitura comprove que está em condições de evitar um colapso no sistema de saúde e, ao mesmo tempo, fiscalizar o cumprimento do protocolos sanitários da bandeira anterior à que recebeu.

Para o prefeito, é sensata a decisão do governador de manter a cogestão, que segundo ele permite que os gestores eleitos compartilhem responsabilidades. Conforme Melo, o prefeito conhece a realidade do município.

“Vamos manter a bandeira vermelha nas atividades durante todo o dia, mas todos terão que parar a partir das 20h e o nosso decreto não precisa ser modificado, os protocolos são os mesmos do governo do Estado”, pontuou. Sobre a volta às aulas, Melo declarou ser “francamente favorável que isso aconteça”. “Se for possível, vamos abrir (as escolas)”, afirmou. Para o ensino, o modelo de cogestão não vale, mas o governo do estado já autorizou a retomada do ensino presencial para a educação infantil e os dois primeiros anos do ensino fundamental, mesmo em cidades com bandeira preta no mapa de risco da Covid.

Já sobre a lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que bate recordes subsequentes desde a semana passada, Sebastião Melo, definiu a situação como “gravíssima”, mas disse não ver relação com o funcionamento das atividades na cidade. “Nós vamos reduzir as UTIs pelo fato de fechar o comércio? Nesse debate temos que vir com pé no chão, se tiver algum indicativo de que isso é a causa do aumento (da ocupação dos leitos) não tenho dúvida que mudo de opinião”, garantiu.

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