País terá Plaforma Nacional de Recursos Genéticos para Alimentação e Agricultura

O objetivo é garantir a preservação do patrimônio genético de espécies vegetais, animais e microbianas

Foto: Leonardo Marques/Ascom/MCTI

O Ministério da Agricultura contará com a colaboração do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) na implantação da Política e da Plataforma Nacional de Recursos Genéticos para Alimentação e Agricultura. A parceria foi tema de uma reunião entre a ministra Tereza Cristina e o ministro Marcos Pontes nesta quinta-feira (18). A previsão é que a política e plataforma de recursos genéticos sejam lançadas em junho deste ano.

O Brasil concentra 20% de toda a biodiversidade do planeta. O objetivo do projeto é criar um banco de informações integrado sobre a biodiversidade do país para garantir a preservação do patrimônio genético de espécies vegetais, animais e microbianas, contribuindo para a evolução da agropecuária e da segurança alimentar no país. “O Brasil é uma potência agroambiental. A gente precisa saber o patrimônio que tem. É uma questão de segurança nacional”, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

O ministro Marcos Pontes destacou que uma das formas de colaboração do MCTI poderá ocorrer por meio da Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNP), com a conexão de todos os participantes do projeto. Além disso, ele sugeriu a criação de um sistema de captação de informações para abastecer a plataforma. “Pode contar 100% com o Ministério. Esse projeto é bom para o país e importante para a segurança alimentar do Brasil”, reforçou Marcos Pontes.

Expansão

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu uma rede de integração de informações de recursos genéticos e conta com o quinto maior banco genético para conservação desses recursos do mundo. São mais de 110 mil amostras de 800 espécies diferentes, sejam de animais, vegetais ou micro-organismos. A ideia é expandir essa plataforma nacionalmente, com a inclusão de outras instituições públicas e privadas, como universidades e institutos federais, além de representantes dos setores agrícolas. A nova plataforma deverá contar com um sistema e uma rede nacionais, que poderão ser acessados pelos setores público e privado e também alinhados internacionalmente.

De acordo com o Mapa, a implantação de uma Política e Plataforma de Recursos Genéticos têm como diretrizes garantir a soberania, segurança alimentar e nutricional do país, valorizar a agrobiodiversidade nacional, evitar a erosão genética e promover a diversificação da base alimentar.

O encontro contou com a participação do presidente da Embrapa, Celso Moretti; do secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Pedro Neto; do diretor de Apoio à Inovação para Agropecuária do Mapa, Cleber Soares; do secretário-executivo do MCTI, Leonidas Medeiros; e do secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales.

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