Com otimismo, Butantan testa Coronavac contra variante do Brasil

Vacina teve bons resultados contra variantes inglesa e sul-africana, semelhantes às mutações encontrada no Amazonas

Foto: Alina Souza/CP

A vacina CoronaVac apresentou bons resultados em testes contra as variantes inglesa e sul-africana do novo coronavírus e já é testada pelo Instituto Butantan contra a mutação brasileira, disse nesta quarta-feira o presidente do Butantan, Dimas Covas, em Serrana, município do interior de São Paulo.

“Brevemente teremos resultados e estamos muito otimistas que ela vai conseguir dar conta do recado sim”, acrescentou.

Desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, a Coronavac está sendo envasada no Brasil pelo Butantan, que também realizou testes com o imunizante ao longo do ano passado.

O Butatan começou nesta quarta, no município da região de Ribeirão Preto, um estudo em que toda a população adulta da cidade (30 mil moradores) vai receber a CoronaVac para se avaliar os impactos da vacinação na pandemia.

Covas afirmou que a tecnologia usada na CoronaVac, de vírus inativado, torna a vacina menos suscetível à perda de eficácia diante de novas variantes do coronavírus, ao contrário de imunizantes que fazem uso de um pedaço do coronavírus.

O Butantan já entregou 9,8 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde para serem usadas no Programa Nacional de Imunização. Com a chegada recente de mais lotes do insumo farmacêutico ativo (IFA) da China nas duas últimas semanas, o Butantan espera entregar a partir da semana que vem 600 mil doses diárias da CoronaVac ao Ministério da Saúde.

O contrato do instituto com a pasta prevê a entrega de 46 milhões de doses do imunizante, aplicado em duas doses, até abril e de mais 54 milhões até setembro.