Furto cancela Porto Verão Alegre no Teatro Renascença

Festival ocorre entre março e abril, em outros locais da cidade 

Foto: Paulo Nunes/CP

Realizado tradicionalmente em janeiro e fevereiro e transferido, neste ano, para março e abril em razão da pandemia de coronavírus, o festival Porto Verão Alegre vai ter de seguir os protocolos de segurança e de limitação de público. Além disso, não vai poder contar com o Teatro Renascença. Uma ocorrência de furto de fiação e tubulação no Centro Municipal de Cultura, no início do mês, deixou a Sala Álvaro Moreyra às escuras e o Renascença, sem ar condicionado.

O sucateamento e a falta de segurança ocasionada pela retirada da Guarda Municipal dos equipamentos culturais, ainda na gestão passada, propiciou, no início de janeiro, o furto da fiação e da caixa de luz da Travessa Paraíso, no Morro Santa Teresa, sede do Porto Alegre em Cena.

No dia 2 deste mês, foram levados cabos de iluminação cênica e ar condicionado do Renascença e no dia seguinte, da Álvaro Moreyra. “Como depende de licitação, não vai dar tempo. Estamos buscando um plano B para realocar os 15 espetáculos programados (para o Renascença)”, explica Rogério Beretta, coordenador do Porto Verão Alegre, junto com Zé Victor Castiel.

O produtor lembra que em 2019, o festival permitiu arrumar o palco da Sala Álvaro Moreyra e, no ano passado, equipar o Renascença com aparelhos de ar condicionado. Há 22 anos, os gestores do Porto Verão Alegre dizem enfrentar adversidades, como escassez de espaços e falta de Plano de Prevenção de Incêndio (PPCI’s). “São 22 anos brigando contra isso. A gente tem esperança de que vá melhorar, e nada! E montar um festival em plena pandemia, quase sem patrocínio, é uma tarefa inglória”, desabafa Beretta.

“A gente está insistindo na melhoria da segurança e o comandante da Guarda Municipal assegurou que haverá, durante toda a noite”, disse o secretário municipal de Cultura, Gunter Axt, que no início de fevereiro pediu a poda do mato e das árvores que podem ser usadas para acessar o telhado do Centro Municipal de Cultura – pedido esse já atendido.

“Estamos providenciando urgência para o material roubado, mas não temos previsão e espero que seja o mais rápido. É preciso entender q existe uma tramitação que passa por várias secretarias”, disse o secretário, acrescentando que quer melhorar a iluminação do estacionamento.

No local, o Atelier Livre e a Sala Álvaro Moreyra suspenderam atividades presenciais. A Biblioteca Josué Guimarães vem fazendo atendimentos externos mediante agendamento e o Renascença sediou algumas lives, sem público, em janeiro. “A ideia é que abra a partir de março com plateia, obedecendo os protocolos e se a crise pandêmica permitir”, apontou Gunter.

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