Em meio à pressão por conta de um novo reajuste nos preços dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta segunda-feira que o governo não pode interferir na Petrobras. No período da tarde, ele se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e demais membros da equipe econômica para tratar dos aumentos anunciados, nesta segunda, pela estatal nos preços médios de venda às distribuidoras da gasolina, diesel e GLP, gás de cozinha, que devem vigorar a partir da terça-feira.
“Hoje estávamos reunidos com a equipe econômica do Paulo Guedes vendo a questão do impacto desse novo reajuste no combustível ao qual nós não temos como interferir e não pensamos em interferir na Petrobras”, disse, em evento no Palácio do Planalto. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Bolsonaro citou que o senador e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello (Prós-AL), também participou do encontro.
“Temos um cuidado muito grande com mercado, com investidores e com contratos, que devem ser respeitados”, disse Bolsonaro.
Segundo o presidente, o “ideal” para solucionar a questão do aumentos dos preços dos combustíveis é “baixar o dólar”. “O ideal – tenho conversado com Roberto Campos Neto (presidente do Banco Central) – é o dólar baixar. Mas baixa como? Com o parlamento em grande parte colaborando na votação de projetos que possam realmente mostrar que nós temos responsabilidade”, disse.
De acordo com o presidente, ao mostrar essa responsabilidade, o dólar “baixa automaticamente”. O chefe do Executivo cumprimentou parlamentares e defendeu o alinhamento com o parlamento. “Os poderes são independentes, mas nós, Executivo e Legislativo, trabalhamos afinados, como se fosse um só poder”, disse.
Bolsonaro chegou ao evento acompanhado do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do atual chefe da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Plataforma
O presidente participou, nesta segunda-feira, do lançamento da plataforma digital “Participa + Brasil”, iniciativa da Secretaria de Governo para promover participação social e transparência.
No portal, o cidadão vai poder, mediante identificação, ter acesso à agenda de audiência públicas, participar em consultas públicas e consultar informações dos colegiados da administração pública federal, como conselhos nacionais e comissões especiais, além de enviar sugestões.