Marinha mantém buscas a lancha que sumiu com empresário gaúcho e mais quatro no RJ

Embarcação O Maestro desapareceu no dia 29 próximo ao litoral de São João da Barra

Foto: Facebook Reprodução / CP

A lancha O Maestro, que partiu do Iate Clube Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ), com destino a Fortaleza (CE), no dia 28 de janeiro, desapareceu no dia seguinte próximo ao litoral de São João da Barra, também no estado do Rio. O empresário gaúcho e proprietário da embarcação, Ricardo José Kirst, residente na capital cearense, é um dos procurados desde então.

Junto com ele, havia mais quatro pessoas na embarcação. O grupo viajou no dia 23 até a capital fluminense para adquirir a lancha. A Marinha, por meio do navio-patrulha Macaé, e as aeronaves Sea Hawk (SH-16) e P-95 da Força Aérea Brasileira (FAB) seguem fazendo as buscas na área, mas sem sucesso até o começo da tarde desta terça-feira.

Além de Kirst, desapareceram outro empresário, um mecânico, um pescador e o comandante da embarcação, que não tiveram os nomes divulgados pelas autoridades. O retorno para o Nordeste, segundo familiares, era para ter iniciado no dia 26, mas problemas mecânicos adiaram a partida para o dia 28.

O grupo previa seguir até Vitória, no Espírito Santo, e lá reabastecer. O último contato feito pela tripulação ocorreu às 23h30min da última sexta-feira, dia 29, quando o grupo informou estar nas imediações do Farol de São Thomé, ainda no litoral do Rio.

Conforme nota do Comando do 1º Distrito Naval (Com1ºDN), a Marinha vem fazendo as buscas desde o dia 31. Naquela data e também no dia 30, havia alerta para ventos fortes naquele setor marítimo. Há suspeita de que a lancha tenha enfrentado mau tempo e que, em paralelo, um dos motores tenha parado de funcionar.

“Ele me disse que tinha pego mar muito ruim. Na quinta-feira, ancoraram em uma ilha e depois disso, seguiram viagem e tiveram problema no motor da lancha. Às 12h45min informaram a última posição e pelas 23h30min, foi o último contato”, relata a irmã, Simone Mello, que mora em Canoas.

Até o momento, o Salvamar, estrutura de busca e salvamento da Marinha, não encontrou nenhum indício da embarcação e das pessoas a bordo, mas informou que as buscas prosseguem. O Salvamar Sueste emitiu ainda um Aviso aos Navegantes, dando ampla divulgação por rádio amador, com o objetivo de alertar e solicitar apoio a todas as embarcações nas áreas próximas. Além disso, empresas civis com operação regular de helicópteros e navios na região foram avisadas do desaparecimento da embarcação.

Simone conta que o irmão, que completa 55 anos na próxima sexta-feira, nasceu e se criou em Porto Alegre. Apaixonado pela navegação, ele acumula experiência desde os 15 anos de idade e chegou a se tornar capitão de navegação. Há 20 anos ele mora em Fortaleza, onde mantém um comércio, é casado e teve cinco filhos. “Estamos angustiados sem novidades sobre as buscas. Até criaram um grupo de WhatsApp para nos manter informados, mas queremos mais ação. Que ele volte logo”, torce a irmã.