Em reunião com dirigentes do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, esclareceu, nesta sexta-feira, que a recomendação às prefeituras, neste momento, é de que priorizem o uso das 116 mil doses da vacina de Oxford/Astrazeneca para imunizar trabalhadores da “linha de frente” do combate à pandemia de coronavírus, com os profissionais de fora desse segmento recebendo as doses ao “fim da ordem de prioridade”.
No início da semana, a Secretaria informou que todo o estoque de Oxford vai ser empregado para imunizar trabalhadores da saúde. A estratificação da categoria, em 12 grupos diferentes, é prevista em uma resolução assinada nessa quinta-feira que disciplina quais trabalhadores devem ser vacinados primeiro.
De acordo com a SES, o Cremers se comprometeu em fazer o levantamento do quantitativo de profissionais da área sem vínculo com instituições de saúde da rede de atendimento. De acordo com a Resolução CIB 07 (Comissão Intergestores Bipartite-RS), profissionais de saúde liberais, estabelecimentos comerciais de saúde e outros locais que não tenham atividade assistencial direta a pacientes com Covid ou suspeitos de Covid-19 também podem receber a vacina, desde que outros 11 grupos da saúde recebam antes.
Até o momento, não há vacinas disponíveis para 100% dos agentes da área, embora todos façam parte do grupo prioritário da Campanha Nacional de Imunização (PNI). A estimativa é de que, sem levar em conta os autônomos, 407 mil profissionais de saúde necessitem de imunização prioritária. Até agora, o estado recebeu cerca de 511,2 mil vacinas, mas reserva 170,8 mil para aplicar em pessoas que já tomaram a primeira dose.
No encontro, o Cremers confirmou apoio às ações de vacinação e prometeu intensificar a divulgação de orientações sobre o processo, as diferentes vacinas e os grupos prioritários neste momento. De acordo com a SES, o Cremers também avaliou como positiva a ajuda humanitária do governo gaúcho ao receber pacientes clínicos com Covid-19 vindos de Rondônia. O Norte do país enfrenta situação delicada de falta de capacidade hospitalar para atendimento da população.