Governo federal lista 27 públicos prioritários para vacinação

Estados e municípios, porém, terão autonomia para montar o próprio esquema

Foto: Cristine Rochol/PMPA

O governo federal divulgou nesta quinta-feira o plano que estabelece a ordem de vacinação contra a Covid-19 para os grupos prioritários, elaborada pelo Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, a lista se baseou em princípios da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de ter sido elaborada em acordo com entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Entre as 27 categorias prioritárias, foram incluídas pessoas acima de 60 anos, trabalhadores da saúde, indígenas, pessoas em situação de rua, entre outras (veja lista completa abaixo). Trabalhadores do transporte coletivo, da educação básica e superior e forças de segurança também entraram na lista.

Estados e municípios, porém, terão autonomia para montar o próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características da população, número de doses disponíveis e demandas específicas de cada região.

Ao todo, a lista de grupos prioritários soma uma população de 77,2 milhões de pessoas, pouco mais de um terço dos 210 milhões de habitantes do país. Confira a relação:

Pessoas com 60 anos ou mais e que estejam institucionalizadas;
Pessoas com deficiência institucionalizadas;
Povos indígenas vivendo em terras indígenas;
Trabalhadores de saúde;
Pessoas de 80 anos ou mais;
Pessoas de 75 a 79 anos;
Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas;
Povos e comunidades tradicionais quilombolas;
Pessoas de 70 a 74 anos;
Pessoas de 65 a 69 anos;
Pessoas de 60 a 64 anos;
Pessoas que possuam comorbidades;
Pessoas com deficiência permanente grave;
Pessoas em situação de rua;
População privada de liberdade;
Funcionários do sistema de privação de liberdade;
Trabalhadores da educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA);
Trabalhadores da educação do Ensino Superior;
Forças de segurança e salvamento;
Forças Armadas;
Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros;
Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário;
Trabalhadores de transporte aéreo;
Trabalhadores de transporte aquaviário;
Caminhoneiros;
Trabalhadores portuários;
Trabalhadores industriais.

O Ministério da Saúde informou, ainda, que mais de 7 milhões de doses de vacinas foram enviadas aos estados desde o início da imunização contra a Covid-19, em 18 de janeiro.

O governo firmou três acordos de encomenda tecnológica, que garantem cerca de 354 milhões de doses ao Brasil ao longo de 2021. São 102,4 milhões de doses previstas da vacina da Fiocruz/AstraZeneca até julho e em torno de 110 milhões no segundo semestre, que serão fabricadas em território nacional. Da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, foram encomendadas 46 milhões de doses no primeiro semestre. Mais 54 milhões de doses devem ser fornecidas no segundo. Já pelo consórcio internacional Covax Facility, articulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo brasileiro espera receber 42,5 milhões de doses, ainda sem cronograma de entrega anunciado.