Deputado Daniel Silveira é retirado de avião ao se recusar a usar máscara

Parlamentar afirmou que voo não sairia sem ele, mas se retirou na chegada da Polícia Federal

Parlamentar afirma que uso de máscara, uma das principais defesas contra Covid-19, é ideológico | Foto: Vinicius Loures / Agência Câmara / CP

O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) foi retirado de um voo da Gol em Guarulhos no meio de uma conexão que ia do Rio para Brasília nesta terça-feira. Ele se recusou a usar máscara, o que é obrigatório a todos os passageiros.

Silveira se apresentou para embarque informando ser deputado federal e alegando que teria dispensa médica para não utilização de máscara facial. Ele foi informado por um funcionário que teria o embarque negado caso não utilizasse a máscara a bordo.

O deputado seguiu adiante pelo finger até a aeronave. Segundo relatório da companhia ao qual o R7 teve acesso, Silveira teria alegado que o voo só sairia com ele a bordo. A Polícia Federal foi chamada para a retirada do parlamentar. De acordo com a companhia, o atestado apresentado pelo deputado alegando ter cefaleia crônica não se enquadra para embarque sem máscara.

Com a chegada da PF, Silveira deixou a aeronave. A companhia remarcou seu embarque para o voo seguinte para Brasília, mediante a utilização de máscara. O R7 entrou em contato com o deputado mas ele não atendeu a ligação.

Essa não é a primeira vez que o deputado é abordado por causa da recusa de uso de máscara. Em outubro do ano passado, ele tuitou que se recusou a usar máscara no aeroporto do Rio de Janeiro alegando estar amparado pela lei. “Agora no aeroporto, entrei sem máscara e fui abordado uma vez. Expliquei que estou respaldado pela lei 14.019/20 art 3° §7°, com licença médica que me garante o não uso e continuei a missão. Essa focinheira ideológica tem que ser combatida”, escreveu, na época.

No dia 10 de dezembro, ele foi flagrado por passageiros sem máscara em um voo de Brasília para o Rio.