Depois do apelo, no sábado, do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, sobre o colapso do sistema de saúde da capital de Rondônia, o Rio Grande do Sul aceitou receber até 50 pacientes de Covid-19. O grupo deve chegar nesta terça, mas alegando preservar a identidade das pessoas a serem transferidas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) não forneceu detalhes, como os horários, voos e aeroporto onde o grupo vai desembarcar.
Por aqui, em pelo menos dois hospitais que os receberão, os pacientes de Rondônia vão ficar isolados dos demais internados por Covid-19. Em um deles, o grupo vai se rtestado para verificar quais podem ser portadores da nova variante do novo coronavírus, descoberta em Manaus (AM) e supostamente mais contagiosa.
Os pacientes, que apesar que não estarem com quadro clínico grave, carecem de atenção hospitalar, viajarão em duas aeronaves com 15 lugares cada, disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Há um impasse, porém: muitos não querem ficar internados no Sul segundo o secretário estadual da Saúde, Fernando Máximo.
“Nós montamos uma força-tarefa com médicos, assistentes sociais e psicólogos para tentar convencer estes doentes a serem encaminhados para outros estados, mas só conseguimos um grupo pequeno, que já está pronto para ser transferido”, informou. Conforme publicado pelo jornal Rondônia Agora, pelo menos seis dos internados nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) de Porto Velho concordaram embarcar para Curitiba, no Paraná, estado que também se comprometeu em recebê-los.
Dos 50 pacientes, 20 serão enviados para o Hospital Universitário de Canoas. Os outros 30 ficarão em Porto Alegre – dez no Grupo Hospitalar Conceição (GHC), dez no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e outros dez no Hospital Vila Nova. Em Canoas e no Vila Nova, eles ficarão internados na ala Covid. No Hospital de Clínicas, ficarão segregados em um espaço covid exclusivo, no 9º andar sul.
No Hospital Conceição, segundo o diretor técnico, Francisco Paz, eles ficarão em um espaço em separado e serão testados para se descobrir qual é a cepa do vírus que os infectou. “Se houver necessidade de transferi-los para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), serão”, detalha Paz.
