Melo garante que Porto Alegre respeitará fila e promete tomar vacina da Covid-19 em público

Prefeito de Porto Alegre criticou "politização" da imunização ao fazer alusão à disputa entre Bolsonaro e João Doria

Político respondeu perguntas da população em transmissão ao vivo pelas redes sociais. Foto: Cesar Lopes/Prefeitura de Porto Alegre

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), criticou os casos de desrespeito à ordem de vacinação contra a Covid-19 e garantiu que casos do tipo não serão registrados na Capital. Em transmissão ao vivo, o político – que tem 62 anos – garantiu que vai tomar a sua dose assim que houver a liberação para o grupo do qual faz parte.

“Vou tomar a vacina assim que eu estiver na lista. Quando chegar a minha vez, vou vacinar publicamente. Acredito na ciência e quero estimular que as pessoas também tomem. Todos nós vamos seguir rigorosamente o Plano Nacional de Vacinação. Primeiro, vamos vacinar quem está lá na labuta, na ponta”, prometeu o prefeito.

Melo estava acompanhado do secretário de Saúde de Porto Alegre (SMS), Mauro Sparta, e do diretor da Vigilância em Saúde da pasta, Fernando Ritter. O grupo reiterou o desejo de vacinar a população da cidade o mais rápido possível, mas admitiu que é preciso ter paciência para que o imunizante chegue, também, no interior do Rio Grande do Sul.

O político reiterou que confia no trabalho do Ministério da Saúde, que centraliza as negociações para a importação de doses prontas e matérias-primas. Em uma alusão à conturbada relação entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Melo criticou a politização da vacina.

“Na semana passada, fiquei muito chateado de ver aquela disputa entre o Governo Federal e o governo de São Paulo. Parece que estavam muito mais preocupados com a foto da vacina do que, realmente, com a liberação. Porto Alegre não está preocupada com isso. Estamos focados em fazer com que as doses cheguem até a população”, declarou Melo.

Aulas presenciais estão mantidas para 22 de fevereiro

A falta de imunizantes para a proteção dos profissionais que atuam na rede pública de educação não vai impedir a retomada das aulas presenciais, agendada para o dia 22 de fevereiro. Segundo a prefeitura, a iniciativa privada tem sido solidária com o calendário e doou insumos – como, por exemplo, álcool em gel – para o abastecimento das escolas.

Os professores e demais servidores envolvidos no dia-a-dia escolar foram incluídos na Fase 4 do Programa Municipal de Imunização. “Pelo cronograma do Ministério, que seguimos, a vacinação vai acontecer depois de abril. Salvo se as doses chegarem antes, aí poderíamos antecipar”, explicou Fernando Ritter.

Na quinta-feira, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou por unanimidade o projeto de Lei que autoriza a contratação emergencial de profissionais para o setor de educação. Mais de mil vagas serão abertas, com previsão de 180 dias de vínculo, para auxiliares de serviços gerais, auxiliares de cozinha e cozinheiros.

Assista à íntegra da transmissão